A explosão de um dos dois gasômetros da usina siderúrgica da Usiminas, em Ipatinga, na região do Vale do Aço, fez a terra tremer, liberalmente. O abalo sísmico, conforme o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), foi de 1,86 na Escala Richter. O caso aconteceu no fim da manhã desta sexta-feira (10).
O tremor é considerado de fraca intensidade, segundo o técnico analista do Obsis, Nasser Yousef. Mas foi o suficiente para quebrar vidraças dos bairros próximos à usina e balançar lâmpadas de casas e comércios. Apesar do susto, ninguém se feriu em decorrência do abalo.
Com relação a explosão, 34 pessoas ficaram feridas, sendo que nenhuma corre o risco de morte. Conforme o Corpo de Bombeiros, todas as vítimas prestavam serviço ou eram funcionárias da empresa. Um fator que favoreceu a menor gravidade do acidente foi o fato de a fábrica estar em horário de almoço no momento da explosão. A maioria dos feridos sofreu tonturas ou mal súbito decorrente da situação de pânico ou inalação de gás.
Susto
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a unidade de Ipatinga foi acionada por volta das 12h45 para atender a uma ocorrência de explosão de tanque reservatório de gás na usina da Usiminas. O tanque,continha uma mistura de gases utilizada na produção de aço, denominada LDG (Linz Donawitz Gás), também chamado gás de aciaria. O principal componente desse gás é o monóxido de carbono.
Não houve vazamento de gás no local e várias medições da qualidade do ar com aparelhos específicos para leitura de gases já foram feitas, comprovando a segurança do local e não havendo a necessidade de evacuação dos moradores de bairros próximos, que ficaram assustados com os impactos provocados pela magnitude da explosão.
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