Viajar para os mesmos destinos pode ser muito, principalmente para as operadoras de turismo, mas tem aquele pessoal que prefere explorar lugares onde poucos chegam e não se deixam levar pela propaganda das agências. E por falar em extremos, que tal ir até um dos pontos mais isolados do Norte do Brasil e desbravar uma região indígena, com fauna, flora e paisagem diferente do que estamos acostumados a ver nos roteiros? Pacaraíma se localiza a 215 quilômetros de Boa Vista, a capital de Roraima, e fica quase na fronteira com a Venezuela. Para chegar até lá, pelo ar, é necessário pegar um voo regional em Boa Vista, mas o caminho mais fácil é via terrestre, tanto de ônibus quanto de táxi, em que os valores são combinados. Não é mole, não, mas a jornada tem suas compensações. A região é o ponto mais próximo da Serra do Pacaraíma, que serpenteia pelas divisas da Venezuela e da Guiana. Um dos atrativos da região é a reserva indígena São Marcos, onde se encontram trilhas e cachoeiras praticamente virgens. Para visitar a reserva, é preciso autorização do Ibama e lá é possível ter contato com uma grande variedade de pássaros e espécies raras de macacos. Em termos de hospedagem, a cidade não tem nenhum apelo turístico. São apenas quatro hotéis, sendo que só em dois há ar-condicionado. Nos mais simples, a diária gira em torno de R$ 30. Para os mais valentes, a viagem pode se estender ao Parque Nacional de Canaima, na Venezuela. Quem se habilita?