F1 GTR inaugura serviço de restauração da marca britânica

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
07/09/2018 às 21:53.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:21
 (McLaren)

(McLaren)

O mercado de automóveis raros anda aquecido. Encontros como o de Peeble Beach, Hampton Court e Villa d’Este e demais leilões movimentam milhões no comércio de clássicos. Marcas têm visto esse nicho como forma de aumentar a rentabilidade. Jaguar e Aston Martin já anunciaram tiragens complementares de clássicos como D-Type e DB4 GT e, agora, a McLaren lançou sua certificação de originalidade e restauração, tal como marcas como Ferrari já faz há muitos anos. Trata-se de um serviço oferecido pela McLaren Special Operations (MSO), que teve como primeiro carro certificado a unidade de chassis número 25 do McLaren F1 GTR Longtail que competiu durante oito anos em disputas de longa duração. Fabricado em 1997, o carro faz parte das três unidades com traseira longa construídos para a equipe pela Gulf-Davidoff. Ele correu as 24 Horas de Le Mans daquele ano comandado pelo trio formado pelos britânicos Ray Bellm, Andrew Gilbert-Scott e o japonês Masanori Sekiya, mas abandonou a prova após 326 voltas devido a um vazamento de óleo que o deixou em chamas. Depois do acidente, o F1 foi vendido para uma equipe japonesa, onde correu até 2005. Ele ainda integrou o acervo de um colecionador japonês até voltar ao Reino Unido em 2016 para as mãos de um dos acionistas da marca inglesa.  Batizado de F1 GTR Longtail 25R para identificar a restauração e o número do chassi, o time da MSO precisou substituir um[/TEXTO] grande volume de componentes, muitos deles fabricados nos anos em que o F1 esteve em linha, de 1993 a 1998. Outras tiveram que ser fabricadas exclusivamente para o processo de restauração. No entanto, seguiram as especificações de produção da época de fabricação. Ou seja, não seria admitida um componente modificado para 1998, para garantir a originalidade. O bólido recebeu novos painéis de carroceria e foi aplicada a mesma pintura utilizada pela equipe em 1997, assim como os adesivos dos patrocinadores e até mesmo as etiquetas de identificação com o número 39. Assim o F1 GTR Longtail ganhou status de carro novo, apesar de seu chassi de fibra de carbono ter sido moldado há 21 anos. Peças para antigosO mercado de peças de carros antigos sempre girou muito dinheiro. E a cada ano que passa, cada item se valoriza mais. Basta fazer uma pesquisa nas feiras de pulgas de qualquer encontro de antigo, ou de um modelo específico, para ver quando é pedido por cada peça. Seja de Fusca ou Opala, ou modelos mais raros, fato é que itens originais valem ouro. E diante do interesse do público por peças de reposição, fabricantes têm investido na manufatura de peças.  A Ford vende nos Estados Unidos kits completos da primeira geração do Mustang, assim como toda a parte mecânica. Legalmente, por cumprimento às normas ambientais vigentes, a marca do oval azul não poderia vender o carro completo, mas em partes pode ser feito, pois se trata de um fornecimento de peças para uma produção artesanal tocada pelo cliente. Além disso, lá há uma infinidade de empresas que oferecem componentes, peças de motor e até estampam painéis de carroceria com as mesmas especificações dos antigos da terra do Tio Sam. Um exemplo é a Holley, famosa marca de carburadores que ainda sobrevive nos Estados Unidos justamente para municiar antigos modelos de competição. No BrasilPor aqui, comprar kits de clássicos de outrora ainda é apenas sonho distante de para quem gosta de carro antigo. No entanto, a Pirelli acaba de lançar a linha Collezione de pneus que foram oferecidos aqui há mais de meio século, como o Cinturato CA67. Além dele, a marca passa a vender os modelos Cinturato CN72, Cinturato CN36, Cinturato CN12 e Cinturato P5.  Segundo a marca italiana, todos mantiveram as medidas tais como as originais, mas adotam processo de fabricação atuais e materiais de última geração, como o emprego do Nylon Zero Grau.

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