FAB estranha condições de queda do jato do Bradesco

Hoje em Dia*
12/11/2015 às 07:05.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:26
 (Edson Produções)

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O jato executivo Cessna Citation 7, de matrícula PT-WQH, que pertencia ao Bradesco caiu no início da noite da última terça-feira próximo à divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais. O avião levava o presidente da Bradesco Seguros e também diretor vice-presidente do Banco Bradesco Marco Antonio Rossi, e o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lucio Flavio Condurú de Oliveira, além do piloto e co-piloto Ivan Morenilla Vallim e Francisco Henrique Tofoli Pinto. Não houve sobreviventes.

A Força Aérea Brasileira confirmou a queda da aeronave. Técnicos da FAB chegaram a considerar as condições do acidente “estranhas”, “algo muito catastrófico”. Mas, qualquer dado real só será fornecido com o decorrer da investigação, que já começou.

Fotografias divulgadas nas redes sociais mostram um rastro de fogo provocado pela queda do avião. Os bombeiros disseram que o acidente abriu uma cratera de cinco metros de profundidade e cerca de 12 metros de diâmetro.

O jato caiu a dez quilômetros da casa onde estava Sérgio Junqueira Germano, 27 anos, filho da proprietária do terreno onde criam gado e plantam milho, soja, café e azeitonas. “Pelo barulho, já sabia que não tinha ninguém vivo”, disse Germano que, assim com os funcionários, correu para ver o que tinha acontecido.

Experiência

O piloto do jatinho, de 63 anos, tinha 33 anos de banco e mais de 10 mil horas de voo. O copiloto, de 32 anos, era contratado. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião não tinha restrições para voo.

Seis técnicos do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) buscam a caixa preta que normalmente ajuda a esclarecer boa parte dos desastres. Além das buscas no local do acidente, a Aeronáutica, por meio do Centro integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta), está fazendo um levantamento das gravações do período do acidente para saber quando e qual foi a última conversa do piloto com a torre de comando.

O Cindacta fará também uma degravação de todo período que envolveu a decolagem do avião. Este procedimento é uma praxe em qualquer acidente. Somente depois desta apuração e da degravação das fitas de dados e de voz será possível confirmar que se não houve mesmo comunicação do piloto à torre ou ao Cindacta 1, em Brasília, que controla a região onde o avião caiu, informando alguma anormalidade durante os 25 minutos de voo, até que ele caísse. As investigações não têm prazo para terminar.

(*) Com agências

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