(MAURÍCIO VIEIRA)
Números surpreendentes têm feito das franquias um dos negócios mais rentáveis em meio à crise atual. Só no segundo trimestre deste ano, o setor registrou um faturamento de R$ 37,5 bilhões, crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2016. Em número de lojas abertas, houve, nesse período, um aumento de 3,2%, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Para confirmar o bom momento do setor, a Expominas recebe, entre hoje e domingo, a Franchising Fair Sudeste. Pela nona vez em Belo Horizonte, a feira itinerante deve receber 6 mil pessoas e movimentar R$ 40 milhões durante os três dias. São 50 estandes, com 70 marcas, e oportunidades de abrir franquias a partir de R$ 3 mil, dos mais diverso segmentos. “Quem quer ter um negócio próprio, mas não quer correr riscos, uma grande opção é apostar em uma marca que dá certo”, afirma Ademar Pahl, diretor-geral da Franchising Fair, cujos convites custam R$ 30 para todos os dias do evento.
Retornos
Além da vantagem de se apostar em um modelo já consolidado, o investimento no franchising também pode dar retorno como revenda. “Comprar uma franquia é como investir na bolsa de valores. Uma franquia de R$ 30 mil, por exemplo, pode valer dez vezes mais em 5 anos”, observa Pahl.
O contador Adriano Pereira, de Belo Horizonte, é um dos que vem apostado nesse modelo de negócio. Dono de duas franquias, uma de seguros e uma pizzaria, ele destaca a facilidade para manter o segundo empreendimento. “Eles (franqueadores) têm uma cozinha central que fornece grande parte dos ingredientes. Só fico por conta dos perecíveis”, conta Adriano, que fez um investimento inicial neste negócio de R$ 140 mil em capital de giro, há cerca de um ano, e já está conseguindo reaver o valor aportado. “É um negócio muito prático para se tocar”, diz ele, avisando que, no entanto, é preciso saber escolher a franqueadora certa, que, por exemplo, tenha cozinha bem estruturada e ofereça suporte adequado para o franqueado.
Modelos
Entre as opções, há corretoras de negócios, agências de viagens, cosméticos e até mesmo uma máquina de realidade virtual . “Tem tido muitos investimentos menores, de até R$ 100 mil, de gente que estava desempregada e está procurando colocação no mercado de trabalho. É um perfil de investidor que tem tido um crescimento bem significativo”, comenta o franqueador Henrique Mol, que estará na feira.