Feira de malhas de tricô terá queda no ticket médio

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
02/05/2016 às 08:24.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:13
 (Cristiano Machado/Hoje em Dia)

(Cristiano Machado/Hoje em Dia)

Pelo menos 80 mil pessoas deverão passar pelo Minascentro, em Belo Horizonte, durante os dez dias de realização da Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas. É essa a expectativa dos organizadores da 49ª edição do evento que começou na última sexta-feira (29) e vai até o dia 8 de maio. 

Com duas décadas de tradição e 100 expositores, a feira deve gerar um montante de R$ 5 milhões em negócios, segundo a organização do evento. Mas, para atingir a meta, a divulgação para a edição de 2016 precisou ser reforçada. 

O coordenador geral da feira, Antônio Raffaelli, explica que além dos tradicionais convites impressos, foram disparadas milhares de mensagens eletrônicas, inclusive para celulares de frequentadores da feira, no intuito de atrair mais público. 

“Como a crise pode reduzir o ticket médio, esperamos aumentar o número de pessoas na feira. O objetivo é gerarmos pelo menos R$ 100 mil por dia em negócios. Para as cidades de onde vem os expositores, como Jacutinga e Monte Sião, esse faturamento é substancial”, explica. 
 

A Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas é, hoje, um dos eventos mais importantes para a economia de cidades como Ouro Fino, Inconfidentes, Albertina, Jacutinga e Monte Sião

Para manter a atratividade já comum em todas as edições do evento, os expositores vão apostar nos quatro pilares que deram popularidade à feira: preços competitivos, grande variedade de produtos, possibilidade de compra direta do produtor e facilidade do crédito informal.


“A feira se renova. Hoje, a malha não é mais somente um agasalho. Ela está de fato dentro da moda. Então, com essas novas aplicações, o uso do tecido vai sendo renovado. Isso é muito importante para nós”, destaca Raffaelli.</CW><EM>

Tendências

A atenção às transformações da moda também é uma característica marcante da feira. Toda a produção dos agasalhos da região é orientada por consultores e estilistas atentos às tendências e ao que vai estar na moda na estação.

Dentro da gama de produtos confeccionados para o inverno 2016, além dos agasalhos de malha de tricô, estarão também leggs, coletes, xales, casacos e sobrepostos. Além disso, a feira também trará a tapeçaria, cortes assimétricos, o bordado feito à mão, franjas, coletes compridos, rendas, capas, ponchos e quimonos. 

Expansão

Além de produtos das cidades mineiras, a Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas vai contar, ainda, com produtos do interior de São Paulo. 
Nos estandes predominarão as peças em malhas de tricô em linha e lã, para atender à diversidade de estilos e gostos. Também estarão à venda peças em malhas de algodão, modal, casacos de couro, moda íntima, cama e mesa, acessórios e doces.

Impactos

A produção do vestuário de malhas de tricô é a principal atividade de diversas cidades do sul do Estado. Grande parte dos fabricantes é composta por micro-empresários que trabalham em família e revendem a maioria da produção para lojistas, turistas e ‘sacoleiras’ de várias regiões do país.

Segundo a organização da Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas, a cidade de Jacutinga é responsável por 25% da produção de malhas do Brasil.

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