Festival Tomorrowland é aprovado e já se prepara para novas edições

Estadão Conteúdo
04/05/2015 às 09:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:53
 (Reprodução)

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O 'raio gourmetizador' atingiu em cheio o Parque Maeda no fim de semana - a ponto de mudar o nome do espaço, veja bem, antes modestamente chamado como Fazenda Maeda. Mas, em Itu, presenciou-se um exemplo para todos os festivais realizados no país. Em 2015, o nível foi elevado com a chegada do belga Tomorrowland, evento que comemora o 11º aniversário estendendo mais um tentáculo em busca de uma espécie de dominação mundial através da música eletrônica.

Depois de sexta (1º) e sábado (2) o terceiro e último dia de festival ainda exibiu a força que um evento como esse pode ter. Dias depois dos portões terem sido abertos pela primeira vez, o público exibia fôlego para perambular pelos 1,2 milhão de m² da área destinada ao festival.

Os perrengues da chegada, na sexta-feira ou no sábado, relatados por frequentadores do Tomorrowland ao Estado, como filas e demoras para entrar na área do evento, que podiam chegar a até três ou quatro horas, segundo relatos, já eram um passado remoto.

"Eu já estou planejando voltar no ano que vem", disse o mineiro Lucas Cardoso Silva, de 20 anos. Ele e dois amigos vieram da cidade de Divinópolis para experimentar a experiência do Tomorrowland. "É difícil escolher o que assistir."

Curiosamente, os preços cobrados pelos serviços de alimentação não estiveram entre as principais reclamações ouvidas pela reportagem, diferentemente dos outros dois dias. "Estou achando que os valores estão dentro do padrão", opina Silva. Uma cerveja custa dois tokens, moeda local cujo valor unitário é de R$ 5,50, mas eram vendidos por atacado: R$ 50 por nove tokens. "Em um show do DJ Hardwell, na Marina da Glória, no início do ano, uma água custava R$ 9", lembra o carioca Jorge Guerra, divertidamente fantasiado de um dos personagens do seriado Power Rangers.

Ele e o amigo Igor Cavalcante, ambos de 22 anos, contam que foram fotografados inúmeras vezes ao longo dos três dias. As fantasias, já gastas, tiveram partes perdidas pelo caminho. Capacete, luvas, botas, tudo já não está na posse dos amigos. Os uniformes colantes, contudo, ainda estavam a salvo. "Você está falando sério que vão organizar mais cinco edições do Tomorrowland no Brasil? Nós vamos, certamente", garante. O festival anunciou, dias antes do debute, que realizaria mais cinco edições, até 2020.

Ao longo dos três dias, bandeiras de nacionalidades como Argentina, Uruguai, México, Peru, Estados Unidos e Suíça tremeluziam enquanto os primeiros DJs começavam a disparar as primeiras batidas. Ontem, não foi diferente. O casal Jernej Hribernik, 27 anos, e Sabrina Barzan, 19, vieram de Zurique, capital da Suíça, para "viver a experiência do Tomorrowland". Eles confessam que tentaram ir para a Bélgica, local de origem do festival, mas a ausência de ingressos disponíveis os fizeram considerar a viagem ao Brasil. "Estamos de férias. Passamos dez dias no Rio de Janeiro", conta ele. "Na verdade, nós gostamos de ouvir heavy metal, mas todos sempre dizem: ‘Vocês precisam ir ao Tomorrowland um dia’. Bom, aqui estamos nós", conta ela.

Procurada pela reportagem, Debby Wilmsen, porta-voz do festival, compreende as principais reclamações do público, principalmente quanto à lentidão na chegada no primeiro dia. "Fazemos tudo online, o cadastro de cada uma das pessoas que chegam. A nossa internet estava oscilando muito, mas entendo que isso seja algo a melhorar", explicou. Os preços, outra reclamação recorrente, não devem ser alterados para as próximas edições. "É um valor similar àquele cobrado na Bélgica", explica.

Morte

O corpo de um homem foi encontrado dentro de uma caçamba de lixo no bairro Vila Martins, em Itu, no interior paulista, na tarde de ontem. Ele aparentava 37 anos e, segundo a Polícia Militar, estava com uma pulseira do Tomorrowland, que aconteceu a cerca de 11 quilômetros do local onde o cadáver foi encontrado.

Pelas informações que constavam na pulseira, o homem era funcionário da empresa Luke Films, que prestou serviço ao Tomorrowland. De acordo a polícia, o corpo não apresentava ferimentos e sua morte parecia recente. Ao que tudo indica, ele deve ter sido jogado na caçamba entre sábado e domingo. (Colaborou Mônica Reolom)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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