Filho de Teori Zavascki revela temor de que pai tenha sofrido atentado

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
18/05/2017 às 13:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:36

Francisco Prehn Zavascki, filho de Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano, desabafou no Facebook sobre a política nacional e afirmou acreditar que mandaram matar o pai. A postagem, feita na noite de quarta-feira (17), teve mais de 1.300 compartilhamentos.

Nesta quinta (18), ao observar a repercussão do post, Francisco se justificou dizendo que “tomado por muitas dúvidas e, em razão dos fatos de ontem, quis compartilhar a minha opinião”. “A crise é muito complexa e difícil, por isso penso que só com ponderação, razão, apego à lei e à Constituição (remédios que o meu pai sempre usou) é que podemos superá-las! Precisamos unir o país, não dividi-lo. Força às instituições!”, escreveu.

Confira o texto publicado por Francisco nesta quarta-feira (18):

“O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar... até que veio a Lava Jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentado nada com ele), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundado nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho com o ano de 2017. Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”

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