Fnac afirma que deixará de operar no Brasil e procura parceiros

Com agências
primeiroplano@hojeemdia.com.br
28/02/2017 às 22:30.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:46

A Fnac, rede francesa de lojas de produtos eletrônicos, culturais e eletrodomésticos, informou nesta terça-feira (28), em balanço, que deixará de operar no Brasil. As operações da rede no Brasil somavam 12 lojas em dezembro de 2016.

"A subsidiária brasileira foi classificada como operações descontinuadas, uma vez que o grupo iniciou um processo de busca por parceiros que podem levar a um desengajamento do país", diz a empresa no documento.

Com desempenho de vendas considerado fraco, a Fnac já estava procurando há algum tempo sair do Brasil, informou uma fonte de mercado ao jornal "O Estado de S. Paulo". "O modelo de negócio se tornou problemático nos últimos anos e eles conversaram com muitas empresas, mas não conseguiram passar a operação adiante", disse essa fonte. 

O balanço, que já considera o Brasil como uma operação descontinuada, registra lucro líquido de 54 milhões de euros em 2016, crescimento de 36,7% em relação a 2015. As receitas, por sua vez, avançaram 2%, para 7,14 bilhões de euros.

O documento traz também comentários do CEO global da rede, Alexandre Bompard, que classificou os resultados do ano passado como "sólidos". "Todos os indicadores são saudáveis. A força do nosso modelo de negócio e a robustez da nossa posição financeira são como o novo grupo começa sua história", disse, em alusão à aquisição da Darty.

Há um mês, a diretora geral Claudia Sores, ex-GPA (Grupo Pão de Açúcar), deixou o comando da Fnac. O executivo Arthur Nigre, ex-Blockbuster, assumiu as operações no Brasil. Procurado, o grupo não vai se pronunciar.

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