França diz que Obama reafirmou compromisso de acabar com espionagem

Estadão Conteúdo
24/06/2015 às 17:51.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:37
 (Brendan Smialowski/AFP)

(Brendan Smialowski/AFP)

  O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu nesta quarta-feira (24) a seu colega francês, François Hollande, que a espionagem a países aliados havia terminado, classificando-as como "práticas inaceitáveis", informou a Presidência francesa.   O telefonema de Obama a Hollande ocorreu após a notícia de que a Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) tinha espionado líderes franceses.   "O presidente Obama reiterou sem ambiguidades o seu firme compromisso de parar estas práticas, que tiveram lugar no passado, e que são inaceitáveis entre aliados", informou a Presidência francesa em comunicado.   Um alto responsável do serviço de informações francês vai “nos próximos dias” aos Estados Unidos para falar com as autoridades sobre as revelações de que três presidentes franceses foram espionados pelos norte-americanos, anunciou hoje o governo francês.   O coordenador do serviço de informações francês junto à Presidência francesa, Didier Le Bret, deverá “fazer o balanço de todas as disposições acordadas entre a França e os Estados Unidos” em matéria de espionagem, declarou o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.   O governo francês considerou “inaceitável a espionagem entre aliados” e o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou para o final da tarde de hoje a embaixadora dos Estados Unidos na França, Jane Hartley, para prestar explicações, adiantou o porta-voz.   Os documentos – classificados de secretos e que parecem indicar que os presidentes franceses Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande foram espionados entre 2006 e 2012 – foram divulgados pelo WikiLeaks em parceria com o jornal francês Libération e o site Mediapart.   A Casa Branca não se pronunciou sobre o passado, mas disse não ter atualmente como alvo as comunicações de Hollande, e nem pretende ter, no futuro.

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