Governo de Minas cancela anúncio sobre o 13º salário por causa da tragédia em Brumadinho

Juliana Baeta
25/01/2019 às 21:21.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:14
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

A promessa de divulgar nesta sexta-feira (25) informações sobre o 13° salário dos servidores estaduais teve que ser adiada. Segundo a assessoria do governo de Minas, o Executivo iria divulgar até o fim da tarde como faria os pagamentos, mas com o rompimento da barragem de rejeitos do Córrego do Feijão, os esforços ficaram concentrados na tragédia. 

No entanto, houve uma reunião entre o secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy Reis e representantes de 34 sindicatos do Estado na Cidade Administrativa, onde também foi apresentada a nova assessora de relações sindicais da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Helga Beatriz Gonçalves de Almeida.

Segundo a assessoria, "durante o encontro, o secretário ouviu as demandas dos servidores, apresentou números que demonstram a grave crise financeira do Estado, e reafirmou o compromisso da atual gestão de não medir esforços para regularizar os pagamentos do funcionalismo público". 

O diretor político do Sindicato dos Trabalhadores no Servico Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos), Geraldo Henrique, que esteve na reunião, disse que o cancelamento do anúncio que seria feito hoje é "compreensível" devido a proporção da tragédia em Brumadinho. 

"A reunião foi mais para nos apresentar o secretário de Planejamento e Gestão e também a nova assessora de relações sindicais. Mas foram colocadas algumas situações importantes, por exemplo, de que o governo vai fazer o esforço de diminuir a escala de pagamentos", explica, sobre o parcelamento dos salários que, até então, estão sendo feitos em três parcelas. A expectativa dos servidores é que eles passem a ser feitos em no máximo duas parcelas a partir de fevereiro.

Além disso, segundo Geraldo, houve a promessa de que o vale-refeição dos funcionários continuará sendo pago normalmente e a sinalização por parte do secretário aos representantes sindicais que a gestão financeira e administrativa do Estado, por exemplo, a responsabilidade da folha de pagamentos do funcionalismo, voltará para as mãos da Seplag, ao invés de serem centralizadas na Secretaria Estadual de Fazenda, que deverá se responsabilizar mais exclusivamente com a arrecadação. 

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