Governo de Minas prepara corte no orçamento de 2015

Aline Louise - Hoje em Dia
20/02/2015 às 07:56.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:05
 (Lucas Prates/)

(Lucas Prates/)

O novo projeto para o orçamento de 2015 de Minas Gerais, que ainda está sendo preparado pela atual gestão, deve ter valor inferior a R$ 83 bilhões. Esta é a cifra prevista no texto que não chegou a ser votado pela Assembleia Legislativa no ano passado, ainda elaborado pelo governo tucano.

Na próxima segunda-feira, o secretário de planejamento e gestão do Estado, Helvécio Magalhães, se reune com o líder do governo no Legislativo, deputado Durval Ângelo (PT) e técnicos para acertarem os ponteiros.

"Vai haver redução. Isto é real”, adiantou o parlamentar, sem dar detalhes de quanto deve ser este corte. Segundo ele, o orçamento anterior apresentava números “inflados”. “Mascararam a realidade de Minas, agora é preciso ajustar”, reforçou. De acordo com Durval, o novo projeto contendo o orçamento de 2015 deve ser enviado para Assembleia ainda na semana que vem. Já o secretário Helvécio Magalhães afirma que o texto só deve estar pronto em março.

“Não posso adiantar porque ainda estamos trabalhando nos números”, limitou-se a informar, sobre o tamanho do corte.

Arrecadação

Dados do site transparência do Governo de Minas já apontam para um 2015 sem “folgas”. Em janeiro deste ano a arrecadação do Estado se manteve praticamente estável se comparado com o mesmo mês de 2014, em torno de R$ 7 bilhões. Em todo ano de 2014, a arrecadação subiu pouco em relação a 2013, de R$ 70.958 bilhões para R$ 73.347. Para este ano, a previsão é de estabilidade, afirma o professor do Ibmec-MG e Mestre em Ciências Contábeis Thiago Borges. Para ele, diante deste cenário, o governo deve promover cortes no valor do orçamento, previsto para custear as despesas totais do Estado. Entretanto, Pimentel não terá muito espaço para “manobras”, salientou o especialista.

“De modo geral, o governo tem pouca possibilidade de escolha de onde cortar, porque tem os comprometimentos já fixos, o gasto com pessoal, por exemplo, que é 60% da receita corrente liquida. Dos outros 40%, tem percentual constitucional para saúde, educação, a margem de manobra de corte é pequena”.

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