Estado quer passar gestão do Mineirinho e da rodoviária de BH para a iniciativa privada

Cinthya Oliveira
12/12/2019 às 16:21.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:01
 (Sylvio Coutinho/SEESP/Divulgação)

(Sylvio Coutinho/SEESP/Divulgação)

O governo de Minas pretende passar para a iniciativa privada, por meio de concessão, a gestão de dois equipamentos importantes de Belo Horizonte: o ginásio do Mineirinho e a rodoviária de Belo Horizonte. No caso do espaço que atende o transporte intermunicipal, o projeto depende da Prefeitura de Belo Horizonte, que ainda estuda uma possibilidade de montar uma nova rodoviária no bairro São Gabriel, na região Nordeste de Belo Horizonte.

De acordo com o secretário de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Marco Aurélio Barcelos, estudos sobre a vocação de uso do Mineirinho estão sendo realizados para que o edital de concessão possa ser lançado.

“Um contrato será celebrado com uma empresa, que faz os investimentos e pode explorar o Mineirinho de diversas formas, não só com shows e eventos esportivos, mas também com áreas de lazer. Dessa forma, o Estado, em vez de colocar recursos, talvez ganhe a partir do compartilhamento de receita com a empresa que assumir o equipamento”, afirmou o secretário durante apresentação de balanço de gestão à imprensa na manhã desta quinta-feira (12).

Já para a rodoviária de Belo Horizonte, a intenção é entregar a gestão a uma empresa que possa levar novas ideias, estruturas e serviços para as pessoas que frequentam o terminal. Caso a PBH decida investir em uma nova rodoviária, é provável que o espaço seja transformado em um terminal de transporte metropolitano, segundo o secretário.

Metrô

O secretário informou que o caminho para que o metrô de Belo Horizonte passe por melhorias é a estadualização da empresa responsável pela administração – hoje feita pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que é federal. Atualmente, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) realiza estudos para que seja feito um desmembramento da CBTU em cinco novas empresas, nas cidades onde atua. O prazo final para esse planejamento é final de 2021.

Ele garantiu que a secretaria está trabalhando para que os recursos de R$ 1,2 bilhão, adquiridos graças a um acordo judicial com a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), venham realmente para o Estado e possam ser usados na implementação da linha 2, que ligará o Calafate ao Barreiro. “A partir do momento em que os recursos estiverem aqui, vamos começar a licitar a obra”, afirmou Barcelos.

Durante o balanço, o secretário afirmou ainda que sua pasta herdou 109 obras paralisadas, mas conseguiu retomar 32 delas, especialmente em unidades de saúde, escolas e presídios. Uma das primeiras a ser entregues é a Escola de Design da UEMG, na Praça da Liberdade. A expectativa é de inauguração no início de 2020.

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