Greve dos caminhoneiros leva à falta de combustíveis em vários postos de Minas

Raul Mariano - Hoje em Dia
10/11/2015 às 20:50.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:25

Apesar de ter perdido força no segundo dia de paralisação, a greve dos caminhoneiros causou transtornos em Minas. Postos de combustíveis de cidades como Congonhas e Conselheiro Lafayete ficaram desabastecidos durante toda tarde de ontem, devido à falta dos caminhões-tanque, que ficaram parados nas imediações do quilômetro 625 da BR-040. Em poucas horas, filas de veículos se formaram em pelo menos quatro postos da rodovia que ainda possuíam combustível.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), não há risco de desabastecimento generalizado no Estado, mas foram registrados postos sem combustível nas regiões de Divinópolis, Igarapé, Iguatama, Juatuba, Lavras, Governador Valadares, João Monlevade, Elói Mendes, Boa Esperança e Cambuquira.

O movimento de paralisação liderado pelo Comando Nacional do Transporte – grupo independente que não conta com apoio de sindicatos e entidades representativas da categoria – foi iniciado na madrugada da última segunda-feira, em 11 Estados Brasileiros. Ontem, relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontava paralisação em apenas oito Estados.

Em Minas, dos seis pontos de paralisação identificados na segunda-feira, apenas dois permaneceram até a tarde de ontem. Um na BR-381 e outro na BR-262. A paralisação da BR-040 terminou por volta das 18 horas, segundo a PRF. Os motoristas que aderiram ao movimento exigem redução do preço do óleo diesel, criação de preços tabelados para os fretes e impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O grupo quer, ainda, que o governo federal ajude no refinanciamento de dívidas da compra de caminhões. O Planalto, no entanto, garante que atendeu à maior parte das reivindicações feitas pelos caminhoneiros que, em abril, fizeram a última paralisação do ano.

Discordância

No quilômetro 625 da BR-040, caminhoneiros alegaram que o movimento não possui um líder e é totalmente autônomo. A paralisação, no entanto, não era consenso entre todos os que estavam estacionados no local.

“Os caminhoneiros não estão fazendo greve, mas sim meia dúzia de vândalos, que estão jogando pedras e obrigando motoristas a pararem. O que falta é a polícia trabalhar”, criticou o caminhoneiro Antônio Vitor Ferreira, que transportava uma carga de algodão com destino a São Paulo.

No Paraná, sete caminhões foram incendiados cidade de Mauá da Serra - localizada a 316 km de Curitiba - na madrugada de ontem, em um posto de gasolina. A polícia não encontrou nenhum suspeito.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por