(Reprodução Facebook)
O grupo fechado do Facebook "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" ultrapassou a marca de 1,4 milhão de membros e é um dos assuntos mais comentados no país nesta semana – tanto que chegou ao Trending Topics do Twitter no Brasil na noite desta quarta-feira (12). Por outro lado, há uma página na mesma rede social com o título "Mulheres com Bolsonaro" que possui 15 mil curtidas.
O grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", que reúne eleitoras que se opõem ao candidato do PSL à Presidência, foi criado no dia 30 de agosto, mas ganhou notoriedade no início desta semana, quando mais de 300 mil mulheres fizeram adesão em um único dia. As criadoras do grupo afirmam que o objetivo não é apoiar nenhum partido e que todas as posições políticas são bem-vindas, desde que contrárias a Jair Bolsonaro, a quem chamam de "inominável" ou "coiso".
O crescimento veloz no número de membros do grupo pode estar associado à alta rejeição que o candidato do PSL tem entre o eleitorado feminino. Segundo a pesquisa Ibope, ele tem uma rejeição de 50% entre as mulheres. Nas postagens presentes no grupo, além de críticas ao candidato do PSL, há postagens que remetem às lutas dos movimentos de esquerda. Percebe-se um grande engajamento de comentários e curtidas.
Em uma simples postagem, por exemplo, com a imagem da vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano, houve 29 mil curtidas e 2 mil comentários. Confira:Reprodução / N/A
Manifestações pró e contra Bolsonaro estão sendo organizadas em todo o país e divulgadas nos grupos de mulheres. Em Belo Horizonte, já existe um evento no Facebook chamado "Todos contra Bolsonaro", previsto para o dia 29, na Praça 7 de setembro.
Mulheres com Bolsonaro
Por outro lado, também estão presentes nas redes sociais correntes de mulheres que apoiam o candidato do PSL. No Facebook e Twitter, internautas publicaram imagens e textos que demonstram o apoio ao candidato por meio da hashtag #MulherescomBolsonaro. Veja algumas delas:
Uma manifestação de integrantes do grupo Mulheres com Bolsonaro foi divulgada por um dos filhos do candidato, Flavio Bolsonaro, pelo Twitter:
Em outra postagem desta terça (11), Flavio afirmou que o pai não é preconceituoso: "Parem de insistir com esses rótulos com ele! Ficam insistindo com essa mentira que ele é homofóbico, que ele é racista, que ele não gosta de mulher. Tomem vergonha na cara. Ele não é nada disso", disse Flavio Bolsonaro.
A reportagem ligou para o assessor de Jair Bolsonaro para repercutir a movimentação nas redes sociais em torno do nome do candidato, mas ele não atendeu nem retornou às ligações.