Guias se recusam a reconstruir rota de escalada no Monte Everest

Estadão Conteúdo
04/05/2015 às 13:18.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:53

Os sherpas no Nepal, grupo étnico que vive nas altas montanhas da região oriental do Himalaia, têm se recusado a construir a rota de escalada do Monte Everest, que foi destruída pela avalanche causada pelo terremoto do dia 25 de abril, que já matou mais de 7.300 pessoas. Esta decisão pode cancelar as escaladas agendadas para a temporada deste ano.

Gyanendra Shrestha, um funcionário do Departamento de Montanhismo do Nepal, disse que os sherpas informaram nesta segunda-feira que não iriam reconstruir a rota.

Os sherpas desempenham um papel crucial como guias, levando as escadas, cordas e equipamentos quando é necessário limpar a pista.

Este deve ser o segundo ano consecutivo que a temporada de escalada será cancelada por causa de mortes no pico mais alto do mundo. A temporada de escalada foi cancelada no ano passado depois de uma avalanche em abril, que matou 16 guias sherpas.

Equipes de montanhismo têm até o final do mês para escalar o pico, mas sem a rota fixa não é possível realizar as subidas.

Kapindra Rai, do Comitê de Controle da Poluição de Sagarmatha, que controla o trabalho dos sherpas, disse que não havia muito tempo para a reconstrução antes que o gelo comece a derreter e o mau tempo piore com as chuvas.

"Não é mais possível reconstruir o percurso a tempo para que os escaladores possam tentar escalar o pico", disse Rai.

No entanto, o governo ainda não cancelou formalmente a temporada de escalada e as licenças estão válidas até o final maior. Fonte: Associated Press.
http://www.estadao.com.br

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