Clássico do PS1 colocou carros 'mundanos' em competições insanas

Marcelo Jabulas
12/12/2019 às 09:04.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:00
 (Reprodução Polyphony Digital)

(Reprodução Polyphony Digital)

No início dos anos 1990, a disparidade entre os games de corrida para consoles caseiros, fliperamas e computadores era imensa. Nas máquinas de fliper, a ordem era oferecer gráficos incríveis em games muito velozes, como “Daytona USA”, “Sega Rally” e “Sega Super GT”. Nos computadores, a vibe eram os simuladores fidedignos às leis da física, vez que seus gráficos vetoriais não permitiram detalhamento visual elaborado. E nos consoles restavam games graficamente mais simples, sem compromisso com realismo, mas nem por isso não menos divertidos. 

No entanto, as máquinas ligadas aos televisores começaram a ganhar poder de processamento com a chegada dos consoles equipados com leitores óticos. Games como “The Need For Speed” ajudaram a mostrar um admirável mundo novo para games de corrida em consoles. No entanto, foi “Gran Turismo”, com seus slogan: “The Real Simulator”, que virou a chave, e “Gran Turismo 2” consolidou a era dos games de corrida nos consoles.

Garagem

“GT2” acaba de completar 20 anos de seu lançamento, que aconteceu em 11 de dezembro de 1999. Era uma versão ampliada e melhorada do game original de 1997, que trazia nada menos que 650 automóveis de 35 fabricantes. Ainda hoje é um número espantoso, mas quando se fala da tecnologia disponível para armazenamento da virada do milênio, era algo fantástico, que exigiam dois CD-ROM para rodar o jogo.

Um lance interessante é que “Gran Turismo” nunca privilegiou apenas carros de alto desempenho. No primeiro game, a lista contava com modelos citadinos como Honda Civic (de quinta geração), Mazda Miata e Mitsubishi Colt (que era uma excelente pedida para começar o jogo). Em “GT2”, esses modelos mundanos ganharam opções europeias como Alfa Romeo 145, Volkswagen Golf (de quarta geração), Opel Astra e até mesmo o pequenino Ford Ka. 

Claro que também tinha espaço para máquinas como RUF, Jaguar, Aston Martin e esportivos como Honda NSX, Toyota Supra e Mazda RX7. Isso sem contar com carros de competição para

Pistas

Se o número de carros impressionava, o número de pistas também tinha evoluído. No primeiro game eram apenas 11 circuitos. Em “GT2”, o número subiu para 27 traçados, incluindo traçados urbanos e um circuito real, a pista de Laguna Seca, na Califórnia.

Gráficos

Visualmente, o game não trazia diferenças em relação à “GT1”. No entanto, os menus e navegação eram mais agradável, com um mapa apinhado de lojas de carros. Mas, na prática, carros e visual das pistas não traziam mudanças. 

A jogabilidade seguia o padrão do game original, com opção Arcade e Simulação. O primeiro era para corridas rápidas, como numa disputa de fliperama. O segundo era o modo campanha. Nele, o jogador iniciava trajetória com uma pequena quantidade de dinheiro para comprar um carro usado e a medida que iria progredindo, poderia comprar peças e novos veículos. Esse recurso do mercado de usados foi mantido até “Gran
Turismo 5”, em que surgiam as ofertas de usados. A partir de “GT6” apenas carros novos poderiam ser adquiridos.

Fim de papo

“Gran Turismo 2” foi fundamental para o mercado de jogos de corrida. Apesar de ser uma espécie de versão estendida do título de 1997, ele caiu no gosto dos consumidores justamente por ser próximo da realidade, com carros comuns. Todo mundo queria guiar um Ford Ka, mesmo sendo um carro fraco, mas era divertido ver o carro que estava estacionado na rua dentro do jogo. Em todo mundo foram 9,3 milhões de cópias vendidas. 
 

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