Mais estável, Chevrolet Camaro deixa de ser um carro feito para andar só em linha reta

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
29/12/2016 às 20:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:15

Ícone dos anos 1960, o Chevrolet Camaro completou 50 anos em 2016. A atual geração foi o destaque da marca da gravatinha no Salão do Automóvel, com direito a série inaugural “Fifity” que marca o cinquentenário. Mas quem quiser levar o esportivo para a garagem terá que aguardar até março, quando ele começa a ser entregue.

No entanto, pudemos experimentar a malevolência do novo Camaro, em sua configuração conversível. E mesmo que o contato tenha sido rápido, é possível afirmar categoricamente que o carro evoluiu em dirigibilidade. 

Se na geração passada se tinha uma sensação de perda do controle da direção em velocidades acima dos 150 km/h, agora essa percepção não existe mais. Dá para esticar o muscle car até a linha dos 200 km/h e ele não titubeia momento algum.

Prova de que os engenheiros da GM se debruçaram sobre a suspensão e se convenceram de que os dias de “quarto de milha” não fazem mais parte da realidade dos esportivos, que precisam ser tão estáveis em curvas quanto em linha reta. 

V8
Nos Estados Unidos, a Chevrolet oferece o Camaro com opção de motor turbo 2.0, que pode até ser uma heresia aos discípulos dos muscle cars, mas também faz parte de uma nova ordem mundial do automóvel, em busca da eficiência. 

Por aqui, a GM manterá a versão SS, equipada com motor LS1 V8 6.2, otimizada para render 461 cv e 62,9 mkgf de torque. O ganho de 55 cv e 6,2 quilos de torque pode ser percebido quando se pisa fundo e o carro ganha velocidade muito rápido. Claro que nessa hora o controle de tração contêm a libido do motorista e também do esportivo sem deixar que ele queime borracha ou perca aderência.

Se o motor é um velho conhecido, a transmissão é novinha. O Camaro é equipado com uma caixa de oito velocidades, que permite ao motorista trafegar numa rodovia a 110 km/h com rotação na faixa dos 1.500 rpm. Além disso, o Chevrolet conta com desligamento parcial dos cilindros e quando o motor não é exigido apenas quatro cilindros recebem combustível e os demais trabalham com as válvulas abertas.

Céu aberto
A versão conversível manteve o teto de lona, com acionamento elétrico que não gasta mais que 20 segundos para recolher. Com o teto fechado, o Camaro é ainda mais claustrofóbico que na geração anterior, devido ao baixo e inclinado para-brisas. Mas mesmo assim a posição de dirigir é boa e o motorista e os apoios laterais do banco firmam o corpo, enquanto o V8 espreme os pulmões contra o assento. 

Preços
Se a espera de três meses não é uma notícia animadora, o preço também não arranca sorrisos. De acordo com o site da Chevrolet, a nova geração do Camaro tem preço sugerido de R$ 305 mil na versão cupê e R$ 338 mil na conversível. Há poucos meses, a geração passada partia de R$ 231 mil e R$ 250 mil, na ordem.

 

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