Mais que um personagem, Hudson Hornet foi um ícone da Nascar nos anos 50

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
05/11/2016 às 10:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:32
 (Hudson Motor Cars / Divulgação)

(Hudson Motor Cars / Divulgação)

O filme “Carros” é uma ode ao automobilismo, com homenagens a grandes nomes e máquinas do universo do automóvel, como Richard “The King” Petty e seu Plymouth Superbird azul, Darrell Waltrip e seu Chevrolet Monte Carlo (número 17), assim como modelos que vão desde o Mercury Cougar na pele do xerife e o Porsche 911 (Sally), dentre outros. No entanto, um dos automóveis mais importantes de “Carros” é Doc. Hudson Hornet, que representa fielmente o “Fabuloso” Hudson Hornet, cupê que se tornou um dos principais vencedores da Nascar nos anos 1950.

O Hornet foi lançado em 1951 pela Hudson Motor Car Company, e um dos primeiros modelos a utilizar estrutura monobloco ao invés de chassi sobre carroceria, que ainda resiste em picapes e alguns utilitários-esportivos (SUV) como o Toyota SW4. Tal arquitetura permitiu reduzir bastante o centro de gravidade do Hornet, o que tornava sua estabilidade e dirigibilidade muito apuradas para a época. O Hornet era oferecido nas versões cupê, sedã e conversível (com opção de teto rígido).

Foguete
Equipado com um motor seis cilindros em linha 5.0 (considerado um dos maiores nessa configuração) com carburação dupla (Twin H-Power) que lhe rendia 160 cv. A diretoria da Hudson acreditava que a melhor publicidade para o concorrido mercado automotivo dos Estados Unidos era na pista e não demorou para preparar uma versão para a Nascar. 

Apelidado de “O Fabuloso” Hudson Hornet, o carro estreou na stock car norte-americana ainda em 1951 e contou com a participação de pilotos consagrados da época como Lou Figaro, Marshall Teague, Herb Thomas e Dick Rathmann, dentre outros. Estável e muito veloz, no primeiro ano o Hornet acumulou 13 vitórias, chegando a 49 em 1952 e outras 46 em 1953. Muitas equipes fizeram modificações no motor e conseguiram chegar a uma potência de 220 cv, fazendo do Hornet um verdadeiro míssil nos circuitos ovais.

No entanto, em 1955 a Nascar alterou o regulamento e acabou sepultando a carreira do “Fabuloso”. Mas ele já tinha escrito o nome na história do automobilismo a ponto de ganhar vida na pele do carrancudo juiz na pacata Radiator Springs.

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