Moby Dick vive! Porsche recria o lendário 935 sobre a base do GT2 RS com apenas 77 unidades

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
06/10/2018 às 09:11.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:50
 (Porsche/Divulgação)

(Porsche/Divulgação)

Se você fosse diretor de marketing de uma das marcas mais legais do planeta, certamente prepararia uma grande festa para comemorar seus 70 anos. Bom, os cartolas da Porsche estão aprontando um monte de coisas para celebrar essas sete décadas, como uma edição especial do Speedster, um 911 (993) Turbo S feito do zero (como o clássico de 1998), e agora resolveram apresentar uma reedição do 935.

Para quem não sabe, o 935 foi um carro de corridas desenvolvido a partir da carroceria do 911 (934), que já era uma evolução de pista do 911 RSR. Fabricado de 1976 a 1981, ele venceu as 24 Horas de Le Mans de 1979.

Como os 911 Turbo tinham grandes aerofólios chamados de whale tail (rabo de baleia), e o 935 tinha um prolongamento da traseira para aumentar o arrasto aerodinâmico, ele foi apelidado de Moby Dick.

O novo 935 segue a mesma receita do original e foi desenvolvido a partir do 911. A diferença é que, dessa vez, ele é construído sobre o GT2 RS com seu boxer 3.8 biturbo de 700 cv. O motor é combinado com caixa de dupla embreagem, sete marchas e a tração é apenas traseira (como deveria ser). 

Body Kit

Tal como no original, os faróis arredondados foram removidos para dar lugar a uma carenagem que otimizava o fluxo de ar sobre o capô. No entanto, recebeu pequenos faróis, junto aos filetes de LED da luz diurna do GT2. Vai que algum comprador resolva correr uma prova de 24 horas para tentar repetir o feito de 1979.

Na traseira, a Porsche utilizou as lanternas em LED do 919 Hybrid LMP1, assim como os retrovisores do 911 RSR e abertura de emergência sobre o teto. Até as rodas, com aro fechado, remetem às utilizadas nos anos 1970.

Por dentro, é um carro de corridas. Todo o interior do GT2, que já era bastante espartano (nos padrões da Porsche), desapareceu para a aplicação de banco, volante e instrumentação de leitura de competição. Onde ficava o banco do passageiro, o piloto tem a companhia da bateria, para melhor distribuição de peso.

A Porsche anunciou uma série de apenas 77 unidades, ao preço de 702 mil euros (R$ 3,3 milhões), na Europa. Se fosse vendida por aqui, uma unidade poderia beirar os R$ 12 milhões. 

Bom, queria ser o capitão do Pequod, para tentar capturar esse monstro dos mares que devora curvas, ao invés de baleeiros.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por