No alto de 63 anos de mercado, o Mustang viveu altos e baixos, mas os primeiro seis anos de vida foram os mais notáveis ao inaugurar o segmento dos pony cars. O pequeno esportivo de baixo custo abriu caminho para modelos como os primos Chevrolet Camaro e Pontiac Firebird, assim como os parentes Plymouth Barracuda e Dodge Challenger. Desde 2004, quando a Ford resgatou as linhas clássicas da primeira geração, o Mustang voltou a ser um ícone, após anos amargos devido à crise do petróleo da década de 1970, assim como a invasão japonesa nos anos 1980, que acabou acumulando a essência do pônei.
Agora, a fabricante do Oval Azul acaba de apresentar a linha 2018 do fastback, que, além da atualização de estilo da geração de 2014, ainda ganhou novos conteúdos e evoluções na parte mecânica, que mostra que os esportivos abrutalhados norte-americanos estão cada vez mais coerentes com a performance dos concorrentes europeus.
Confirmado para desembarcar no Brasil no ano que vem, o Mustang passa a ser oferecido apenas com opções de motores 2.3 turbo de 314 cv e o tradicional V8 5.0 de 441 cv que equipa a versão GT há décadas. A novidade fica por conta da nova transmissão de dez marchas, que promete mais eficiência, principalmente nas velocidades de cruzeiro, em estrada, com rotações baixas.
Outra inovação do Mustang é que ele passa a contar com um conjunto de suspensão equipada com amortecedores com controle eletromagnético de carga MagnetRide, com modos mais firmes para uma condução mais esportiva, assim como opções mais macias, privilegiando o conforto.
Gadgets
Por dentro, o esportivo mantém o desenho retro do painel, mas ganhou novidades como quadro de instrumentos totalmente digital, composto por uma grande tela de alta definição, de 12 polegadas, que permite diversas configurações. Trata-se de um recurso já presente em outros modelos da marca, como o utilitário-esportivo (SUV) Edge, um dos primeiros Ford a adotar o recurso.
Ainda na seara da tecnologia, o Mustang passa a contar com a nova geração do sistema Sync, com a função FordPass que promete conexão mais rápida para os padrões Android Auto e Apple Car Play.
Visual
Estaticamente, as mudanças do Mustang se concentraram nos faróis, lanternas e para-choques. Destaque para os faróis, que ganharam uma posição mais recuada em relação à grade, que remete ao estilo da segunda geração do esportivo, de 1968. Já no capô, o Mustang ganhou saídas de ar redesenhadas, que além de favorecer a troca de calor do cofre também ajuda a evidenciar a esportividade do puro-sangue americano.