Nenhum personagem do cinema teve uma garagem tão recheada quanto 007

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
16/07/2016 às 10:59.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:19
 (Divulgação)

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Poucos personagens tiveram a oportunidade de guiar automóveis tão exóticos quanto o espião James Bond. Sob a bênção de vossa majestade e mão de ferro de “M”, em 24 carros, 007 dirigiu de tudo, principalmente modelos Aston Martin. Na filmografia, além da classuda marca de esportivos britânicos, Bond também guiou e detonou automóveis Lotus, BMW; dirigiu em primeiríssima mão o Ford Mondeo de quarta geração e até mesmo um diminuto Ford Ka (de segunda geração) que não chegou ao mercado brasileiro.

Mas o que chama atenção é o que as máquinas de 007 são capazes de fazer, de acordo com o caricato teatro que a série sempre explorou. Os carros do espião com licença para matar são equipados com inúmeras bugigangas, como lança foguetes, metralhadoras e podiam se transformar até mesmo num submarino. 

Mas James Bond é um sujeito malandro e também fez uso ostensivo dos carros pagos pela Coroa para impressionar incautas ou perigosas beldades que sempre cruzam seu caminho. Confira quatro modelos que 007 usou para salvar o mundo e conquistar suas Bond Girls.

 




O DB5 é o automóvel preferido de 007. O cupê inglês esteve presente em diversos filmes, inclusive em “Dr. No” (1962), primeiro longa-metragem da série, e também faz ponta em “Spectre” (2015). Produzido entre 1963 e 1965, o DB5 estreou nos cinemas antes mesmo de chegar ao mercado. Equipado com motor seis cilindros em linha 4.0 de 290 cv, era capaz de acelerar a até 233 km/h, e podia ser equipado com caixa manual ZF de cinco velocidades ou automática de três marchas. Em seu curto tempo de produção, o DB5 teve apenas 1.059 unidades fabricadas, mas James Bond nunca teve dó do esportivo.




Criado exclusivamente para “Spectre” (2015), o DB10 entra na trama como um supercarro desenvolvido por “Q” (o professor Pardal da agência MI6) para servir ao colega 009. Mas Bond, que não é bobo, surrupiou o carrão e deixou uma garrafa de espumante para o colega. O DB10 foi criado para marcar a longa relação de mais de 50 anos entre a marca e a franquia. Sob o capô, o cupê é bem inferior ao antigo DBS utilizado em “Cassino Royale” e “Quantum of Solace”. No lugar do V12 6.0 de 517 cv, o DB10 utiliza o V8 4.7 de 430 cv herdado do V8 Vantage. Em fevereiro o carro foi a leilão por 2,4 milhões de libras.




Junto como a estreia de Pierce Brosnan na franquia, a BMW aproveitou para apresentar o novíssimo Z3. Se na realidade o roadster alemão poderia ser equipado com uma grande variedade de motores com quatro ou seis cilindros e transmissões automática ou manual, em “GondenEye” o pequeno esportivo contava com surpresas como mísseis e outras parafernálias indispensáveis para um espião que detona com tudo sem amarrotar o terno. 007 gostou tanto da marca, que o MI6 ainda lhe preparou um 750i em “O Amanhã Nunca Morre” e um Z8 em “O Mundo Não é o Bastante”.




Este, é sem dúvida, o carro mais exótico que James Bond já dirigiu em suas missões. O Lotus Esprit S1, anos 1976, foi preparado para funcionar como um submarino em “007 - O Espião que me amava” (1977). Na ocasião, o “almirante” do cupê inglês era o ator Roger Moore (que detem o recorde de atuações, com sete filmes). Originalmente, o S1, apesar do visual futurista, estava longe de ser o melhor carro de fuga para um espião. Seu motor 2.0 rendia apenas 140 cv, mas tinha a vantagem de ser leve (1.000 quilos) e podia acelerar até 222 km/h. Para 007, bastava uma lagoa ou praia para se safar debaixo d’água!

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