Salão de Frankfurt - Alemães apresentam conceitos

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
15/09/2017 às 18:26.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:35
 (Mercedes-Benz)

(Mercedes-Benz)

Salões automotivos têm aos montes. E em sua grande maioria sempre há um certo “bairrismo” por parte das marcas locais. Na edição 2017 do Salão de Frankfurt não tem sido diferente e as nativas Audi, BMW e Mercedes-Benz aproveitam a festa no próprio quintal para apresentações interessantes, com foco em tecnologias de propulsão limpa, condução autônoma e até mesmo conversão de carros de Fórmula 1 para uso urbano.

Por ordem alfabética, comecemos pela Audi, que levou para seu estande dois conceitos elétricos: Aicon e Elaine. O primeiro é um enorme sedã de linhas futuristas que mais parece um monovolume de 5,44 metros de comprimento para apenas quatro ocupantes. 

Com imensas rodas aro 26 e seção frontal cravejada por LEDs, tem quatro motores elétricos que desenvolvem de 353 cv e 56 mkgf, além de baterias com autonomia de 800 quilômetros. Já o Elaine é um SUV com linhas que lembram o A5 Sportback e pode indicar um futuro concorrente para BMW X6 e Mercedes GLE Coupé.

BMW i5?
Já a marca de Munique levou o BMW i Vision Dynamics, sedã elétrico que servirá de base para o terceiro integrante da família “i”, se posicionando entre o i3 e i8, podendo ser batizado de i5. Sem dados técnicos, a BMW só adiantou que o modelo teria autonomia de 600 quilômetros e aceleração de 0 a 100 km/h em 4 segundos.

Mas quem roubou a cena foi a Mercedes-Benz, ou melhor, a divisão AMG, que levou para Frankfurt o Project One. O superesportivo foi desenvolvido para marcar os 50 anos AMG e basicamente converte o monoposto da escuderia Mercedes num carro para uso urbano. É equipado com motor V6 1.6 (central traseiro) do Fórmula 1 e quatro unidades elétricas (uma para cada roda), que somam 1.000 cv. 

Visualmente, o Project One remete ao lendário CLK GTR, que correu no FIA GT em 1997 e 1998, e que também tinha motor central e tomada de ar sobre o teto. Ele ainda conta com sistema aerodinâmico ativo, com asa traseira que se ajusta as necessidades de downforce. Tem até mesmo aquela “barbatana” presente nos F1 e protótipos LMP para reduzir a turbulência do ar que corta o carro. Por dentro, arquitetura e posição de “pilotagem” semelhantes à de um monoposto, em que o motorista mantém joelhos em posição superior à bacia. Apesar de ainda ser um conceito, há grandes chances de o carro ser produzido em tiragem limitada. Tomará!

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