Usados: Fama de inquebrável torna quase impossível encontrar um Corolla pouco rodado

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
04/09/2016 às 10:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:41
 (Toyota)

(Toyota)

Fabricado no Brasil há mais de 15 anos, o Toyota Corolla se tornou um dos automóveis mais cobiçados do país. O sedã japonês se deita na cama da boa fama da confiabilidade, referência em qualidade, montagem e acabamento. A geração anterior à atual (que por aqui seria a terceira, produzida entre 2008 e 2014), tem grande procura no mercado de usados, principalmente por quem busca um sedã médio ao preço de um compacto novo.

Em seus seis anos de estrada, o Corolla teve diversas versões de acabamento, com duas opções de motores (1.8 e 2.0), assim como dois tipos de caixas de transmissão (manual de cinco velocidades ou automática de quatro marchas). Daí, seus preços na tabela da Fipe, tendem variar entre R$ 29 mil e R$ 61 mil.

No entanto, mesmo versões mais velhas, com oito anos de uso dificilmente são encontradas por menos de R$ 40 mil. Por outro lado, dificilmente ultrapassam o valor mais alto da tabela de preços.

Bom acerto de suspensão, espaço interno amplo e motorização robusta, ajudam na reputação do Corolla. E por ser considerado como um excelente automóvel, sua aplicação para uso profissional também é alta. E é aí que é necessário cuidado. 

Encontrar um Corolla pouco usado demanda paciência. Segundo o diretor executivo do THC Centro Automotivo, Marco Túlio Starling, o sedã tem um projeto impecável e sem falhas, o que fez um dos carros preferidos para o transporte executivo, uma vez que dificilmente apresenta problemas. No entanto, eles existem como em qualquer carro.

“Encontrar um carro desses, com três anos de uso e menos de 80 mil quilômetros rodados é muito difícil, devido ao seu potencial profissional. E com quilometragem elevada, é comum surgirem problemas decorrentes do desgaste natural das peças”, explica.

No entanto, o especialista ensina alguns truques que podem ajudar o consumidor a descobrir se há gastos elevados num futuro próximo.

“A primeira coisa que se deve fazer é conferir se o motor está fumando (queimando óleo). Basta segurar o giro acima dos 3 mil rpm por mais de um minuto e depois bombear o acelerador pelo menos três vezes. Se sair fumaça esbranquiçada é sinal de que o anel de segmento está com folga e poderá levar rapidamente a uma retífica de cabeçote, que custará cerca de R$ 4.500”, observa.

Caixa
Caso a unidade almejada se ja automática, o consumidor precisa ficar atento com possíveis falhas como na trizeta, que sofre desgaste e vibra em velocidades elevadas. 

No entanto, Starling é enfático. “Eu uso um Honda porque o design me atrai, mas sei que o Corolla é muito mais carro”, reconhece.

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