Venda direta empurra emplacamentos para cima

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
07/04/2017 às 18:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:03

O volume de 158 mil automóveis e comerciais leves licenciados em março estancou uma hemorragia de 26 meses no mercado. Em relação a fevereiro, a alta foi de 40%, de acordo com o boletim divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Sobre março de 2016, o aumento foi de 6,1 %. Mesmo assim, no acumulado do ano, o mercado ainda opera em queda de 1,1% em relação aos três primeiros meses de 2016.

Mas esse aumento expressivo nas vendas não se traduz numa melhora do poder de compra do consumidor. Na verdade, o que empurrou os emplacamentos para cima foram as vendas diretas. Ou seja, locadoras e frotistas renovaram os pátios.
Para se ter uma ideia, o Chevrolet Onix, líder de vendas no mercado desde o fim de 2015, emplacou 14.745 unidades em março. Desse total, 4 mil foram vendas para pessoas jurídicas, o que corresponde a 28%. No caso da picape Fiat Strada, das 4.570 unidades vendidas no período, 4.039 foram no modelo de venda direta.

A Fenabrave, por sua vez, analisa que o grande responsável pelo bom desempenho foi o número maior de dias úteis em relação a fevereiro. 
“Na comparação, em dias úteis, a variação diária, em março, foi de 8,53%, o que demonstra uma sinalização positiva. Apesar da manutenção das incertezas políticas e econômicas do país, acreditamos que a curva de queda no acumulado deverá arrefecer para que possamos ter um crescimento moderado até o fim deste ano”, observa, em tom otimista, o presidente da federação, Alarico Assumpção Júnior.

Participação
Entre os líderes de mercado, a General Motors segue na liderança com 17,8% do mercado, seguido pela Fiat com 13,6%. Volks, Hyundai e Ford completam as cinco primeiras posições. 

Somadas as vendas de Jeep e Fiat, a Fiat Chrysler empata com a GM nos mesmos 17,8%, muito em função do bom desempenho do Jeep Compass, que já vende mais que o irmão Renegade. 

No mês passado, o utilitário-esportivo (SUV) de porte médio anotou 3.985 unidades, volume superior ao primo “pobre” Mobi, que vendeu 3.900 carros. 

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