Voyage ganha banho de loja para preencher lacuna do Polo Sedan

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
13/08/2016 às 11:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:21
 (VW)

(VW)

Com a aposentadoria do Polo Sedan a Volkswagen ficou com uma incomoda lacuna em sua gama de sedãs. Enquanto marcas como Fiat, Ford e Chevrolet contam com dois modelos abaixo dos médios, a VW tenta preencher o segmento de entrada e intermediário com o Voyage. O compacto retornou ao mercado em 2008 e, de lá para cá, vem se virando sem grandes inovações. 

No entanto, o carrinho recebeu conteúdos para tentar fazer frente a concorrentes mais encorpados, como Renault Logan, Toyota Etios Sedan e Fiat Grand Siena, assim como os moderninhos Hyundai HB20S, Ford Ka+ e Chevrolet Prisma.

Visita ao salão
A última “penteada” deu ao Voyage mais qualificação. O desenho do interior foi renovado e o sedã passou a contar com sistema de entretenimento com tela sensível ao toque, conexão Bluetooth, além de opção de módulo com GPS integrado e suporte para espelhamento de smartphone. Por outro lado, a posição mais baixa de dirigir pode ser desconfortável para motoristas de baixa estatura.

A construção agrada, mesmo que a qualidade dos materiais seja simples, mas deixa uma impressão de melhor esmero que na linha anterior. Por fora, o carrinho ganhou novos para-choques, seguindo os passos do Gol.

Essas mudanças elevaram a percepção de qualidade do Voyage, mas na prática é o mesmo carro há oito anos, com exceção da substituição do motor antigo bloco 1.0 8V pela moderna unidade três cilindros 12v que já equipava Fox e Up. 

Motor
Na versão testada, no entanto, a Highline era equipada com o velho e competente motor 1.6 de 104 cv combinado com caixa manual. O sedã ainda pode receber transmissão automatizada de embreagem simples I-Motion.

Ou seja, o Voyage mantém o bom comportamento no trânsito, em que se destaca a boa oferta de torque em baixas rotações, o que facilita a vida de quem mora em cidades cheias de ladeiras, como Belo Horizonte. O consumo no percurso urbano também foi satisfatório, com médias de 10,5 km/l, abastecido com gasolina.

O que pesa contra o Voyage é o espaço interno limitado. O modelo é um dos mais apertados do segmento, empatando com o veterano Siena. 


FICHA TÉCNICA

Volkswagen Voyage Highline 1.6

O que é?
Sedã pequeno, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade de São Bernardo do Campo.

Quanto custa?
Básico: R$ 57.990 mil<EM>
Avaliado: R$ 65.112 mil
Completo: R$ 68.412 mil

Com quem concorre?
Pelo fato de atuar numa faixa de preços entre R$ 43 mil e R$ 68 mil, o Voyage tem uma grande lista de concorrente, que vai desde o Fiat Siena ao Chevrolet Cobalt, o que demanda atenção do consumidor sobre qual é a melhor opção a ser investida.

No dia a dia
O Voyage é um Gol com porta-malas destacado. O carrinho oferece o mesmo comportamento do irmão dois volumes. É bastante ágil na cidade e por ser um pouco menor que os rivais esticados acaba ganhando em agilidade. Por dentro é apertado e tem posição baixa de dirigir. Já o porta-malas de 480 litros está longe de ser uma referência no segmento, mas também não decepciona.

Motor e transmissão
O conhecido motor 1.6 8v de 104 cv continua sendo uma das melhores opções do mercado. A boa oferta de torque em baixas rotações lhe garante bom comportamento nas arrancadas e o escalonamento equilibrado da caixa de cinco marchas garante força sem precisar de rodar com o motor cheio. 

Como bebe?
Abastecido com gasolina, a unidade testada registrou média de 10,5 km/l na cidade.

Suspensão e freios
Como todo carro alemão, não espere maciez. O sedã tem acerto firme e curso longo para resistir ao padrão das vias brasileiras. 

Pontos positivos
- Consumo
- Motor

Ponto negativo
- Espaço interno

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por