(FABIO DOMINGUES/FUTURA PRESS/AE)
O Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, onde ocorreu um incêndio nessa quarta-feira (4), não tinha equipamentos suficientes para controlar as chamas, informou a direção do Hupe nesta quinta-feira (5). De acordo com o hospital, a presença de uma brigada de incêndio na unidade teria que ter sido pedida pelo Corpo de Bombeiros, na última vistoria do local ocorrida em 2000.
O diretor do hospital, Rodolfo Acalauassu, admitiu, mais uma vez, problemas hidráulicos e elétricos na unidade. Segundo a direção, cerca de 200 funcionários passaram pelo treinamento, mas não tinham equipamento suficiente para controlar as chamas, uma vez que o fogo se alastrou rapidamente. O trabalho das equipes teria se concentrado em percorrer a unidade e retirar pacientes.
Uma nova vistoria deve ser feita no hospital nesta quinta-feira pelo Corpo de Bombeiros. O objetivo é identificar o que provocou o fogo. Por dez dias, as enfermarias do Hupe ficarão fechadas para que seja feita a limpeza das salas que ficaram cobertas de fuligens da fumaça.
O caso
Um incêndio de grandes proporções atingiu o almoxarifado por duas horas, provocando a morte de uma paciente de 65 anos que estava internada em estado grave. Quinze pacientes, entre eles sete bebês, foram transferidos para outras unidades após o incêndio que atingiu o almoxarifado da unidade de saúde em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro. O local não foi atingido pelas chamas, mas uma tubulação por onde passa o oxigênio ficou retorcida por causa do calor.