Hotéis inacabados em BH podem virar clínicas ou centros culturais

Tatiana Moraes
12/08/2015 às 11:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:19

Integrantes do governo municipal e das redes hoteleira que atuam em Belo Horizonte formaram uma comissão para discutir os rumos dos 11 hotéis que se beneficiaram da Lei 9.952, que aumentou o potencial construtivo em algumas regiões da capital, mas ainda não saíram do papel.

A intenção da presidente da  Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (ABIH-MG), Patrícia Coutinho, é a de que os hotéis exerçam outra função, como clínicas médicas ou centros culturais.

De acordo com ela, a taxa de ocupação dos hotéis que atuam na cidade gira, atualmente, em torno de 35%, metade do ideal, de 70%. “Os estabelecimentos estão atuando no vermelho. Não há mercado para todos. Nosso medo é de que haja um sucateamento do setor”, diz Patrícia.

O grupo foi montado nesta terça-feira (11), após uma reunião na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), convocada pela presidente da ABIH-MG. Participaram da reunião o Secretário de Governo da PBH, Vítor Valverde, o presidente do SanFrancisco Flat, Dilson Cosme Ramos, e o ex-presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas), Roberto Fagundes. Todos devem integrar a comissão.

VALE LEMBRAR

A Lei 9.952, de 2010, permitia o aumento do coeficiente construtivo (ou seja, a construção de prédios mais altos) de empreendimentos que fossem utilizados para hotéis, desde que eles fossem inaugurados antes de 2014. O objetivo era atender à Copa do Mundo.

No período, 37 estabelecimentos entraram em operação, inflando o mercado hoteleiro, conforme avalia a presidente da ABIH-MG.

O problema é que 11 hotéis ainda estão em construção. Eles deveriam pagar uma multa, cujo valor varia de acordo com o edifício. A prefeitura concedeu desconto de 50% para os empreendimentos.

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