
Após a quarta reunião entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setra-BH), não há um acordo sobre o reajuste das tarifas de ônibus e, segundo o prefeito Alexandre Kalil (PSD), a decisão será tomada pela Justiça.
A reunião entre as partes, nesta quinta-feira (16), durou cerca de duas horas, na sede do Executivo, no Centro da capital. "Não houve acordo. Vamos para a Justiça. O que a Justiça determinar, a prefeitura vai cumprir", declarou o prefeito.
De acordo com Kalil, a avaliação era de que as conversas estavam evoluindo. No entanto, as tratativas não caminharam como o esperado e as exigências são "absurdas". "Não há uma mesa de negócio, há uma imposição. Se quiserem, se forem entrar em greve, pararem carro, isso aí a gente tem a Justiça", completou.
Além disso, o governante lembrou que duas liminares, de revisão e do valor do bilhete e do contrato, pedida pelo sindicato, foram negadas. "Esperamos que a Justiça proteja a população, que faça o que tem que ser feito".
Kalil, entretanto, preferiu não informar quais seriam os pedidos da categoria. "Vamos esperar a decisão judicial, não tem aumento, não tem revisao tarifária, não tem nada porque a Justiça está segurando tudo lá, e faz muito bem".
Por outro lado, o presidente do Setra-BH, Raul Leite, afirmou que toda a negociação com a administração municipal segue o contrato firmado entre as partes. "Ninguém aqui está fugindo do contrato. Se quer manter a tarifa congelada de alguma forma, a gente não tem problema com relação a isso. Só que existe um parâmetro, que seria o cumprimento do contrato", disse.