Inadimplência no pagamento de empréstimos já bate à porta de muitos estabelecimentos

André Santos e Luiz Augusto Barros
primeiroplano@hojeemdia.com.br
08/03/2021 às 19:49.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:21
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Uma outra preocupação, cada vez mais iminente entre os donos de bares e restaurantes de BH, está relacionada à inadimplência. Neste mês, muitos empresários do setor começam a pagar as primeiras parcelas de empréstimos concedidos no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) – uma das medidas governamentais contra os efeitos econômicos da pandemia. 

Com a renda cada vez menor e os compromissos na contramão, os riscos de ter o nome da empresa na lista suja do crédito cresce. “Eu mesmo estou com o nome da empresa negativado por conta de uma dívida de R$ 3 mil que tenho com uma operadora de cartão de crédito. Com o restaurante fechado, não tenho como pagar”, explica o presidente da Abrasel/MG, Matheus Daniel.

Entre microempresários do setor, a situação é ainda mais crítica. Assis Macedo, dono de um restaurante na avenida Afonso Pena, revela que os estoques estão cheios e os boletos, acumulados. “Tenho 40 funcionários, mas não estou ganhando nem um real. Como se manter assim?”, questiona.

Sem crédito e sem faturamento, fechar as portas pode ser a solução de alguns para evitar prejuízos maiores. Dono de restaurante no Centro há 30 anos, Marcelo Teixeira acredita que, com a crise, terá de fechar o negócio. Desde o início da pandemia, há um ano, o estabelecimento passou de 22 para três colaboradores. “Vendemos apenas 20% de antes. Com o delivery, é menos de 5%. Não paga nem o vale-transporte dos funcionários”, afirma.

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