Inadimplência recua, mas atinge 928 mil pessoas em BH

Bernardo Almeida
12/12/2019 às 21:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:01
 (Divulgação/Serasa)

(Divulgação/Serasa)

A inadimplência registrou um ligeiro recuo de 0,27% em novembro deste ano no país em relação a igual mês de 2018, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No entanto, o atraso nos pagamentos ainda atingiram 63 milhões de brasileiros naquele mês, dos quais 928 mil em Belo Horizonte, de acordo com a Serasa Experian.

No mesmo mês, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) registrou retração de 1,87% no número de inadimplentes em relação a novembro do ano passado. 

Esse recuo é o primeiro desde 2017 e segue tendência observada desde o final do ano passado, quando o SPC Brasil já notava que o número de devedores freava no país.

“A desaceleração e agora a queda vêm como indicadores positivos que a gente tem observado tanto nos balanços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quanto do Banco Central, com o PIB voltando a crescer e um cenário de melhoria do emprego”, analisa Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. 

O saque do FGTS é citado entre os fatores que influenciaram na variação. Em levantamento do SPC Brasil, 40% das pessoas que teriam direito a retirar dinheiro do Fundo de Garantia afirmaram que iriam utilizá-lo para quitar dívidas. 

Mais da metade dos brasileiros endividados (53%) possui dívidas de até R$ 1 mil. 

“Parece um valor pequeno, mas devemos lembrar que é o vencimento de boa parte da população, pessoas que acabam vivendo muito no limite, qualquer aumento de parcela faz diferença”, avalia Kawauti, qu e adianta que ainda não foram contabilizados aquelas pessoas que aproveitaram feirões para limpar o nome, como os promovidos pelo próprio SPC Brasil e pelo Serasa Experian. “O resultado disso nós veremos nos dados de dezembro”.

A previsão é que a redução dos inadimplentes permaneça diante de uma calmaria dos indicadores econômicos. “Nós pioramos de forma mais rápida do que estamos retomando. Em 2017 tivemos um ensaio de recuperação, antes do dia do vazamento do áudio do Joesley Batista com o então presidente Michel Temer, depois disso tivemos a greve dos caminhoneiros e um período turbulento de eleições, agora parece ter finalmente se estabilizado”.

  

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