Inflação em BH deve ficar abaixo do centro da meta

Paulo Henrique Lobato
07/10/2019 às 21:17.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:07
 (Editoria de Arte)

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, acumulou alta de 3,46% em Belo Horizonte nos nove primeiros meses de 2019. A boa notícia é que o indicador se manteve estável, com alta de 0,01%, no confronto entre setembro e agosto.

Os cálculos são da Fundação Ipead/UFMG. A evolução dos preços de produtos e serviços na capital mineira ao longo deste ano permitiu à coordenadora da pesquisa, Thaize Martins, acreditar que a inflação na cidade não irá ultrapassar o centro da meta do IPCA estipulado pelo governo federal para todo o país, previsto em 4,25%. 

“Os reajustes mais impactantes, como plano de saúde e energia elétrica, já foram absorvidos pelo IPCA. Haverá alta, em razão das festas de fim de ano, de alimentos, mas não a ponto de (o indicador geral) subir acima do centro da meta”, acredita a coordenadora da pesquisa.

No acumulado do ano, os alimentos in natura são os grandes vilões da inflação em Belo Horizonte. A disparada foi de 10,42%.

Dos 18 conjuntos de produtos ou serviços pesquisados pela fundação, foi o único com avanço de dois dígitos, reflexo dos grandes aumentos registrados no primeiro trimestre de 2019: alta de 7,21% em janeiro, crescimento de 1,93% em fevereiro e disparada de 13,88% em março.

Desde então, os alimentos in natura apuraram cinco quedas nos seis meses seguintes. A última foi em setembro, o que contribuiu para a estagnação da inflação de agosto para o mês passado.

Neste caso, o recuo foi de 2,89%. Outro fator que ajudou o IPCA a ter um leve aumento de agosto para setembro foi o recuo no conjunto alimentação em bares, lanchonetes e restaurantes (-1,93%).

O desempenho da inflação só não foi melhor para o consumidor da capital devido ao aumento de itens como vestuário e calçados. Neste conjunto, os preços subiram 2,98%. O motivo? A troca da coleção da estação inverno para a primavera.

A diminuição nos preços dos alimentos in natura refletiu na redução do custo da cesta básica medida pelo Ipead: ficou 0,95% mais barato.

O valor foi de R$ 421,92 em setembro, o que corresponde a 42,28% do salári mínimo no Brasil. Trata-se da quinta queda mensal consecutiva.

Para se ter ideia, o tomate Santa Cruz, considerado o vilão em diversas oportunidades, ficou 19,33% mais barato.

Índice Acumulado de janeiro a setembro foi de 3,46%

O governo estipulou em 4,25% o centro da meta do IPCA para o Brasil em 2019. Em Belo Horizonte, o Ipead acredita que o indicador será menor 

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