Inflação em BH fecha 2018 em quase 5%; greve dos caminhoneiros pressionou elevação de preços

Da Redação
07/01/2019 às 20:02.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:55
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A greve dos caminhoneiros em maio e junho do ano passado, que provocou um desabastecimento no comércio e elevação especulativa de preços, levou a inflação na capital mineira a fechar em quase 5% em 2018. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), órgão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostram que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 4,59%, acima dos 3,94% apurados em 2017. O grupo alimentação exerceu a maior pressão no IPCA.

Outras contribuições para a elevação do índice vieram da alimentação em restaurante (7,23%), dos alimentos in natura (13,61%), de produtos de elaboração primária (3,02%), de alimentos industrializados (1,07%) e de bebidas em bares e restaurantes (4,75%). 

Individualmente, os itens que mais pressionaram o grupo alimentação foram refeição (7,84%), lanche (6,97%), tomate (128,68%), pão francês (5,35%) e leite pasteurizado (5,28%). Por outro lado, tiveram queda o café moído (-8,87%), sorvete industrializado (-12,57%), sorvete e picolé (-22,04%), presunto (-8,78%) e alho (-15,56%).

Dentre os produtos não alimentares, que tiveram variação positiva de 4,54%, em 2018, os destaques ficaram com despesas pessoais (4,84%), produtos administrados (4,42%), saúde e cuidados pessoais (5,59%), encargos e manutenção (4,13%), artigos de residência (3,40%) e vestuário e complementos (2,15%).

Os itens individuais que tiveram maior alta foram ingressos para jogo (74,28%), gasolina (12,69%), planos de saúde individual (10%), despesas com energia elétrica (10,81%), seguro de veículo (16,02%) e imposto predial (2,94%).

As quedas foram verificadas em telefonia móvel (-6,14%), cursos de pós-graduação (-9,50%), luminária (23,19%), conserto de automóvel (-4,62%) e curso superior (-2,23%).

 Além disso

Levantamento do site Mercado Mineiro mostra que itens do material escolar podem ter variação de até 435%. A maior diferença encontrada foi no grafite 0,5 milímetros, com 12 minas. O produto pode custar de R$ 1,40 a R$ 7,50 nos estabelecimentos de Belo Horizonte. O papel Colorset tem variação de 383%, sendo encontrado de R$ 0,60 até R$ 2,90. A pesquisa foi feita em dez estabelecimentos, entre 2 e 6 de janeiro. Veja outros produtos:
- Refil para fichário de 96 folhas: de R$ 6,90 a R$ 14,90, variação de 115%;
- Régua de 30cm: de R$ 1 a R$ 2,95, variação de 195%;
- Tesoura inox de ponta redonda da Mundial: de R$ 5,90 a R$ 10,90, variação de 84%; 
- Tinta guache de 250g: de R$ 2,90 a R$ 5,99, variação de 106%;
- Massa de Modelar c/12 cores - Faber Castell/ Acrilex: de R$ 4,49 a R$ 14,90, variação de 231%;
- Papel A4 branco pct/100fls - Chamex/ Report/ Copimax: de R$ 5,10 a R$ 7,50, variação de 47%;
- Pasta aba-elástico (PP 40mm): de R$ 2,50 a R$ 12,90, variação de 416%;
- Pincel atômico: R$ 3,50 a R$ 6,99, variação de 99%;
- Lápis de Cor 24 cores: de R$ 7,90 a R$ 19,99, variação de 153%;

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por