Inflação recua, mas cesta básica sobe quase 10% na capital em janeiro

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
03/03/2020 às 20:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:49
O preço do tomate teve variação de 42,41% em relação ao IPCA-15 anterior  (ARQUIVO HOJE EM DIA)

O preço do tomate teve variação de 42,41% em relação ao IPCA-15 anterior (ARQUIVO HOJE EM DIA)

Levantamento realizado em fevereiro pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG), divulgado nessa terça-feira (3), mostra queda no custo de vida da capital em janeiro. Mas aponta inflação acumulada em 12 meses ainda bem acima da meta fixada pelo Conselho de Política Monetária do Banco Central.

Além disso, conforme a pesquisa, a cesta básica na cidade apresenta elevação de 9,13% em um ano, quase o dobro da referida inflação.
Segundo o Ipead, a inflação de fevereiro, medida pelo IPCA e o IPCR calculados com base na evolução de preços de 11 produtos e serviços, recuou 0,17% em relação ao mês anterior.

Os maiores destaques, em termos de variação, foram as quedas de 3,22% para vestuário e complementos e de 1,41% para alimentos elaboração primária. No sentido oposto, destacou-se a alta de 7,65% para os alimentos in natura.

Após queda observada em janeiro, chamou a atenção o fato de o custo da cesta básica ter voltado a subir em fevereiro (alta de 1,26% no mês). O principal responsável pelo aumento foi o Tomate Santa Cruz (elevação de 43,95% no mês).

Apesar da deflação de fevereiro em relação a janeiro, o mês passado também permaneceu com a inflação acumulada nos últimos 12 meses acima da meta de 4% definida pelo Banco Central para 2020. O índice foi de 4,68%.

Ainda no acumulado de 12 meses, a cesta básica atingiu 9,13% de aumento, praticamente o dobro do IPCA e da correção autorizada pelo governo federal para o salário mínimo (4,71%), neste início de ano.

Juros bancários
A nova redução da taxa básica de juros da economia (Selic) de 4,5% para 4,25% (menor da série histórica), no início de fevereiro, contribuiu também para que houvesse queda nos juros praticados pelos bancos, na capital.

De acordo com o Ipead, a maioria das taxas médias praticadas para pessoa física apresentou diminuição em relação às praticadas no mês anterior. O maior destaque foi para o cheque especial, que teve redução da média significativa em relação aos períodos anteriores: -22,50%. 

Dentre as taxas para pessoa jurídica e as taxas de captação, a maioria também apresentou queda em relação ao mês anterior.

O Índice de Confiança do Consumidor, ICC-BH, também divulgado pelo Ipead, apresentou a segunda alta consecutiva, com aumento de 1,55% no mês de fevereiro, sendo a componente “Emprego” o que mais contribuiu para a melhora do humor dos consumidores belo-horizontinos no mês.

  

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