Iniciativa privada deve ser chamada para financiar construção de gasoduto

Bruno Moreno - Hoje em Dia
05/03/2015 às 07:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:14

Após a tentativa frustrada do governo do Estado, no ano passado, de vender parte da Gasmig à espanhola Fenosa, para levantar recursos que seriam destinados à construção da tubulação que levará gás natural ao Triângulo Mineiro, a empresa estatal agora cogita a possibilidade de incluir a participação privada na empreitada.

O novo presidente da Gasmig, Eduardo Andrade, afirmou que está avaliando possíveis fontes de financiamento. “Não temos nada definido ainda, mas temos uma série de opções que estão sendo avaliadas, em termos de viabilidade econômica e financeira e de taxa de remuneração. Nada foi descartado, a princípio. Estamos analisando uma série de possibilidades de negócios para viabilizar a construção do duto”, adiantou.

Sem os recursos da empresa europeia, a Gasmig – que é controlada pela Cemig – havia decidido licitar o projeto no sistema tradicional. A estatal lançou um edital do projeto executivo no trajeto Betim-Uberaba, mas a licitação foi cancelada no início do novo governo, em janeiro.

Agora, a Gasmig trabalha com a possibilidade de buscar o gás natural em Queluzito, na região Central, em vez de Betim, conforme o Hoje em Dia adiantou na edição da última quarta-feira (4). De acordo com Andrade, é uma questão técnica, pois a estação localizada nesse município teria uma capacidade de bombeamento maior do que em Betim, por não ser tão utilizada.

Já o ramal até Uberlândia, que é uma demanda forte da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), não foi confirmado por Andrade.

Fontes ligadas ao governo estadual e ao projeto do gasoduto afirmam que ainda neste mês de março deve ser apresenta uma solução para o financiamento da obra.

Prazos

A iniciativa da construção do gasoduto até o Triângulo Mineiro nasceu a partir da demanda que existirá quando a planta de amônia da Petrobras estiver pronta, no Distrito Industrial III, em Uberaba. Atualmente, o prazo de conclusão da obra é o primeiro semestre de 2017.

Entretanto, no contrato assinado pelas duas estatais está previsto que a fábrica começará a consumir o combustível em 1º de novembro de 2016. Ou seja, nesse dia, as obras tanto do gasoduto quanto da planta de amônia deveriam estar prontas. A multa para quem descumprir o contrato pode chegar a R$ 5 milhões mensais, entretanto, é provável que essa cláusula do contrato seja revista.
Oportunidades

na última quarta-feira (4), a Fiemg apresentou o projeto “Novo Gás Oeste”, que tem como objetivo mostrar as oportunidades que os empresários terão ao longo da construção do gasoduto e após a conclusão da estrutura, além de pressionar o governo do Estado a definir o financiamento da obra e começar a realizá-la.
 

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