Itália autoriza 82 migrantes de navio humanitário a desembarcar

Agência Brasil
14/09/2019 às 11:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:46
 (Jiji Press Japan)

(Jiji Press Japan)

Os 82 migrantes a bordo do barco humanitário Ocean Viking, das organizações não governamentais (ONG) SOS Méditerranée e Médicos Sem Fronteiras (MSF), poderão desembarcar em um porto de Lampedusa, confirmou, neste sábado (14), o MSF nas redes sociais.

As autoridades italianas ofereceram ao Ocean Viking um porto de desembarque seguro. Depois de seis dias do primeiro resgate, os 82 migrantes a bordo desembarcarão em breve em Lampedusa, escreveu o MSF.

A ONG e as autoridades locais não deram detalhes sobre o desembarque, mas asseguram que a Guarda Costeira italiana analisa se permite a entrada no porto ao Ocean Viking ou transfere os migrantes para outros barcos italianos em águas internacionais e os transporta para terra.

BREAKING: #OceanViking survivors will disembark in #Lampedusa #Italy https://t.co/0NJZTp5X2k pic.twitter.com/WT9GpjDO6S— MSF International (@MSF) 14 de setembro de 2019

Na Itália ainda está em vigor o decreto de proibição para barcos com migrantes de entrar em águas territoriais.

O anúncio de um porto para o navio ocorre depois de, em 12 de setembro, o governo italiano ter informado que vários países europeus, sem especificar quais, concordaram no realojamento dos migrantes salvos a bordo.

O barco da SOS Méditerranée e da MSF socorreu, em 8 de setembro, 50 pessoas no Mediterrâneo e, em 10 de setembro, acolheu outras 34, que tinham sido assistidas no mar por um veleiro sem condições de mantê-las a bordo.

Nos últimos dias, uma mulher grávida de nove meses e o marido tiveram de ser retirados para Malta.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, pediu em Bruxelas que os países europeus promovam um mecanismo automático de redistribuição dos migrantes que navegam pelo Mediterrâneo com destino à Europa.

O Ocean Viking já esteve duas semanas no Mediterrâneo com 356 migrantes a bordo, em agosto passado, até seis países europeus concordarem no realojamento dos resgatados, uma situação extrema criticada pelo MSF, que pediu à União Europeia um sistema permanente em vez de pactos pontuais para cada situação.

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