Itapemirim pretende operar, no total, nove linhas de ônibus a partir de Confins

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
15/02/2021 às 20:07.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:11
 (BHAirport/Divulgação)

(BHAirport/Divulgação)

O Grupo Itapemirim, conhecido há quase 70 anos pelo transporte rodoviário de passageiros e que, agora, passa a operar também como companhia aérea, irá usar o Aeroporto Internacional de Confins, na Grande BH, como hub. Isso significa que, a partir de março, a empresa usará o terminal para integrar seus voos e ônibus com destino a cidades próximas. 

O anúncio, feito na semana passada pelo vice-governador de Minas, Paulo Brant, começa a tirar do papel um ambicioso projeto envolvendo o aeroporto, elaborado em 2019 – com a previsão da instalação no local de um amplo terminal rodoviário intermodal (como opção aos passageiros dos aviões), e até um shopping a céu aberto –, e engavetado em 2020, sobretudo, em razão da pandemia da Covid-19.

A Itapemirim pretende operar, no total, nove linhas de ônibus a partir de Confins e com diferentes destinos, ao longo de 2021. As primeiras operações irão coincidir com o início dos voos da empresa ligando BH a Brasília, previstos para inauguração no mês que vem. 

Uma das linhas será a de integração entre Confins e a Rodoviária da capital. Os outros serão turísticos, seguindo para as cidades históricas de Ouro Preto e Tiradentes. O vice-presidente do Grupo Itapemirim, Adílson Furlan, afirma que a intenção da companhia é fortalecer cada vez mais as operações em Minas. “Nós sabemos que existe um ambiente de negócios favorável para a implementação de novos projetos. E a nossa intenção é de maximizar a operação dos dois hubs – tanto o aéreo como o rodoviário – em Confins”, garante Furlan.

Na direção da BHAirport – concessionária que opera Confins -, a decisão da Itapemirim foi vista como o primeiro passo para concretização do projeto de construção e instalação de um moderno terminal de ônibus integrado ao aeroporto. A iniciativa, ainda em fase de estudos, criaria um amplo hub rodoviário a Confins. 

A implementação é intermediada pelo governo estadual, que vê no projeto uma via de fomento ao turismo em Minas. Segundo Ronaldo Alexandre Barquette, diretor de Atração de Investimentos da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi-MG), os investimentos feitos pela Itapemirim terão impactos na expansão de Confins. “Temos vocação para ser um hub logístico, com múltiplas conexões nacionais e internacionais. E esse projeto vai além disso. Traz, também, uma nova proposta de integração intermodal aéreo e rodoviário para os usuários”, destaca Barquette.

 Planos incluem terminal rodoviário, shopping e edifício-garagem

 A instalação de um terminal rodoviário anexo ao Aeroporto Internacional de Confins é somente uma parte de um ambicioso plano que está sendo desenvolvido pela BHAirport para o complexo. 

Um shopping a céu aberto também é uma das ideias que deveriam ter sido colocadas em prática durante o ano passado, mas foram frustradas pela crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. 

A ideia é construir um ‘open mall’ que seria erguido em um dos estacionamentos do aeroporto e que teria como público os moradores das 13 cidades do Vetor Norte e do entorno de Confins. A intenção é de que o empreendimento tenha supermercado, bares, restaurantes e até cinemas. A BHAirport pretende construir o empreendimento e buscar uma parceria com um operador do ramo para tocar o negócio. 

Além do open mall, o projeto contempla a construção de um boulevard e de um edifício-garagem, de três andares anexo o centro comercial.

A ideia é que, com a construção do open mall, mais usuários possam também usar o terminal rodoviário – que também seria construído em um dos estacionamentos. 

“Queremos dar aos usuários as opções de compra – para os moradores do Vetor Norte –, assim como trazer passageiros para a implantação do modal rodoviário”, destaca Kléber Meira, diretor-presidente da BHAirport. 

A BHAirport ainda não tem um levantamento dos investimentos que teriam que ser alocados para tirar do projeto do papel. A ideia é que as obras começassem em 2020, mas a concessionária espera que no 2º semestre deste ano já exista um ambiente favorável de negócios para colocar em prática o projeto.

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