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A Justiça Federal em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, autorizou na tarde desta quarta-feira (19) que um psiquiatra indicado pela defesa de Adélio Bispo de Oliveira faça uma avaliação da saúde mental do agressor confesso do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a defesa, a visita no presídio em que Adélio está preso será agendada e deve ocorrer nesta quinta-feira (20) ou sexta-feira (21).
O exame médico de um investigado está previsto no Código de Processo Penal. Nesse momento, o parecer particular é importante para Adélio. Mesmo sem peso processual, o documento poderá ajudar os advogados do pedreiro, de 40 anos, a reunirem argumentos para alicerçar novo pleito de instauração de incidente de insanidade - esse, sim, com validade jurídica.
O primeiro pedido de incidente de insanidade foi negado por Bruno Savino, juiz da 3ª Vara Federal em Juiz de Fora. À época, o magistrado afirmou não haver indícios da alegada insanidade do investigado. No entanto, autorizou a análise preliminar particular.
De acordo com Zanone Manuel de Oliveira, advogado que integra a equipe de defesa do agressor, o objetivo é diminuir a pena do pedreiro. "Para mim, o que meu cliente fez foge da normalidade. O juiz e a sociedade podem discordar, mas eu quero saber se estou certo e só posso ter certeza a partir da avaliação dos médicos", afirmou Zanone.
O psiquiatra que fará a avaliação já foi contratado pela equipe de defesa e irá nos próximos dias à Penitenciária Federal em Campo Grande (MS), onde Adélio está preso.