Justiça bloqueia bens de presidente de associação, apontado como 'laranja' de Wellington Magalhães

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
29/05/2018 às 21:39.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:20
 (MPMG)

(MPMG)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou a imediata indisponibilidade de todos os bens móveis e imóveis do presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Daniel Figueiredo Borja, apontado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) como “laranja” do esquema montado pelo vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de BH, Wellington Magalhães.

A reportagem do Hoje em Dia conversou com Daniel Figueiredo Borja, que disse que se pronunciaria apenas por meio de sua defesa. O advogado dele, Maurício Campos, não foi localizado na noite desta terça-feira (29).

Na mesma ação, o ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Wellington Magalhães (PTN) e esposa dele, Kelly Magalhães, tiveram bloqueados os recursos em contas bancárias por esquemas de corrupção. 

Segundo a denúncia, Borja seria responsável pela compra da casa de Magalhães na orla da Lagoa da Pampulha, em BH, bem como carros luxuosos e imóveis em condomínios valorizados. 

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) é a maior entidade de criadores de equinos da América Latina. A entidade congrega mais de 15 mil associados e possui 70 núcleos e associações de criadores nos principais estados. No exterior, o Mangalarga Marchador tem representações oficiais na Alemanha, Itália, Estados Unidos e Argentina.

Denúnias contra  Wellington Magalhães

Em ação civil de improbidade administrativa, o MPMG denuncia a participação de Wellington Magalhães em fraudes contra a administração pública, entre 2011 e 2016.   Segundo o MPMMG, o vereador registrou nesse períodoentre 2010 e 2016, gastos de R$ 1,594 milhão, R$ 520 mil a mais do que os rendimentos obtidos pelo parlamentar no período.Ele estaria envolvido em direcionamento de licitações e no recebimento de propinas. É acusado dos crimes de corrupção, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações e na contratação de serviços de publicidade do legislativo da capital mineira. 

Habeas Corpus

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu, nesta terça-feira (29), o habeas corpus para o vereador Wellington Magalhães (PSDC), preso desde abril na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. 

Investigação na Câmara

Esta em análise na Câmara Municipal de Belo Horizonte a cassação do mandato de Magalhães, acusado de desviar R$ 30 milhões do Legislativo Municipal.

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