Justiça manda transferir Marcos Valério da Apac para a Penitenciária Nelson Hungria

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
21/09/2018 às 20:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:35
 (Marcelo Prates/Arquivo Hoje em dia)

(Marcelo Prates/Arquivo Hoje em dia)

A Justiça mineira determinou, nesta sexta-feira (21), a transferência de Marcos Valério da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Sete Lagoas, na Região Central de Minas, para a Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.  

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), Valério está sendo transferido na noite desta sexta. Procurada, a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que não vai comentar o assunto. 

A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a defesa de Marcos Valério, mas ainda não teve retorno. 

Denúncia

A Polícia Civil informou que está investigando as denúncias de que Marcos Valério estaria sendo vítima de atos praticados por funcionários da Apac. Na quarta-feira (19), ele chegou a fazer exame no Instituto Médico-Legal (IML).

Condenado a 37 anos de prisão por participação no mensalão do PT, Valério fechou delação premiada com as polícias Civil e Federal e segue prestando esclarecimentos sobre esquemas fraudulentos nas estatais mineiras.

Segundo Valério, ele estava a caminho de um depoimento ao delegado Rodrigo Bossi e, durante o transporte, os agentes que o acompanhavam teriam apertado as algemas propositalmente, o que deixou marcas vermelhas em seus pulsos.

Procurada, a direção da Apac de Sete Lagoas afirmou que está apurando os fatos. "Nós perguntamos aos funcionários e todos eles negaram qualquer tratamento indevido, mas estamos averiguando da maneira mais justa possível para que ninguém saia prejudicado. Com certeza foi um mal-entendido", comentou o diretor da unidade, Flávio Rocha.

Valério cumpre pena desde 2015 por participação no mensalão do PT e, em junho deste ano, foi condenado em primeira instância a 16 anos e nove meses em outro esquema de corrupção que ficou conhecido por "Mensalão Tucano", que desviou R$ 3,5 milhões de verbas públicas para a campanha de reeleição do ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, que também foi condenado e preso.


 

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