Kalil paralisa flexibilização em BH e diz que pode anunciar o 'fechamento da cidade'

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
23/06/2020 às 16:04.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:51
 (MV/Hoje em Dia)

(MV/Hoje em Dia)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, anunciou que poderá decidir por uma mudança no funcionamento do comércio da cidade nesta terça-feira (23). A declaração foi feita durante uma entrevista ao apresentador Datena, na Rádio Bandeirantes.

“Estamos permanentemente reunidos e hoje à tarde posso tomar uma decisão drástica para que esse numero não tenha uma explosão”, afirmou o prefeito, referindo-se aos casos e mortes de Covid-19 na capital. “Estou esperando resultado de hoje, mais tarde, mas se amanhã eu precisar convocar a imprensa para anunciar o fechamento da cidade, faço sem o menor constrangimento”. Durante esta tarde, a assessoria do prefeito confirmou que ele está reunido com o Comitê de Enfrentamento à Pandemia.

O prefeito disse ainda que não há possibilidade de abertura de outras áreas do comércio, como bares, shoppings, restaurantes, lojas de roupas e centros de compras nesse momento. “O que eu posso falar é que eu não vou abrir. Posso falar porque os cientistas já falaram que o momento é perigoso. Isso te garanto, que não vou abrir", disse, reforçando que a situação é grave e que mais de 80% dos leitos de UTI do SUS estão ocupados em BH no momento.  "Não trabalhamos com astrologia, quem vai ditar o que nós vamos fazer são os médicos”.

Ele reforçou mais uma vez o que disse na sexta-feira passada (19), durante coletiva: "se a população de Belo Horizonte continuar avacalhando, vou fechar a cidade". A capital tem 4.667 casos confirmados de Covid e 96 mortes pela doença.

Kalil reforçou que Belo Horizonte se destacou por não investir na compra de respiradores, como foi feito em boa parte do país, mas na contratação de profissionais de saúde. Segundo ele, desde o início do seu governo, 14 mil profissionais de saúde foram contratados – 825 deles após início da pandemia. Reforçou ainda que um médico precisa estudar por dois anos para se especializar no atendimento em terapia intensiva.

Para o prefeito, o investimento em saúde primária foi fundamental para evitar a hospitalização de boa parte dos infectados, pois as comorbidades (como diabetes e hipertensão) estariam sendo tratadas de forma adequada junto à população.

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