Kobazilla e mais um: Toyota GR Super Sport é a interpretação urbana do TS050

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
26/01/2018 às 21:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:59
 (Toyota)

(Toyota)

Automóveis conceituais muitas vezes são apenas uma carroceria futurista, com interior refinado e a promessa de uma mo-torização revolucionária, que nem sempre está debaixo do capô. Mas às vezes acontece de o conceito dispor de um trem de força espetacular, antes mesmo de o modelo ser o carro final. É o caso do Toyota GR Super Sport Concept, apresentado na primeira quinzena de janeiro durante o Salão de Tóquio.

Trata-se de um fascinante supercarro. Porém, ao contrário dos conceitos que exibem linhas arrojadas, ele não esconde as entranhas retiradas das pistas, mais precisamente do protótipo TS050 Hybrid, veículo que compete no Mundial de Endurance (WEC) e permitiu ao japonês Kamui Kobayashi, o “Kobazilla”, a cravar inacreditáveis 3m14s79 na classificação das 24 Horas de Le Mans do ano passado.

Monstro radioativo
O GR Super Sport surge como aquelas máquinas abissais da mesma forma que o Mercedes-Benz AMG Project ONE Concept, que também é um carro de competição travestido de supercarro de uso urbano.

A Toyota não dá muitos detalhes da novidade, mas não esconde o que há debaixo da impressionante carenagem nervosa, com direito a barbatanas e imenso aerofólio. Trata-se da estrutura do TS050 Hybrid. No entanto, a célula de sobrevivência fica bem ao centro – ajustada, oferece dois assentos. O carona viaja onde ficam instalados alguns dos módulos do carro de corridas. 

O chassi é em fibra de carbono e a suspensão de braços sobrepostos tipo “push rod”, como nos carros LMP1 e Fórmula 1, assim como nos largos pneus e a imensa asa dianteira que fica escondida pela enorme grade frontal.

Híbrido e compacto
Tal como o carro que anda em Le Mans, o GR Super Sport adota conjunto híbrido partindo de um V6 biturbo 2.4 associado à unidade elétrica THS-R. Juntas, elas geram 735 kW, o correspondente a 1.000 cv. Como deriva de um automóvel de competição, a tração é traseira. 

A marca não informou qual é a transmissão, mas muito provável que seja uma unidade sequencial de sete velocidades, caixa adotada nas 24 Horas de Le Mans para extrair o máximo do motor reta Mulsanne. Um detalhe interessante é que o bloco e a transmissão ficam escondidos sob a estrutura e fibra de carbono. Apenas as turbinas e coletores de ar ficam de fora, mas cobertos pela carenagem.

Se o GR Super Sport vai ganhar uma versão de produção, só os executivos da Toyota poderão dizer. O certo é que ele é um carro espetacular. 

No entanto, resta saber se o veículo também seria capaz de levar “Kobazilla” a repetir seu feito no Circuit de Sarthe, mas com um carona a bordo. Será?

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