Ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, disse nesta sexta-feira (24) ao Hoje em Dia que classifica a situação por que passou como um “golpe”. Porém, negou que tenha guardado ressentimentos do governador Fernando Pimentel (PT), que, conforme ele, teria arquitetado para retirar sua candidatura ao governo de Minas. “Fui vítima de um golpe interno no PSB, que inviabilizou minha candidatura. Um golpe tramado em parceria com o PT”, afirmou.  

Lacerda revela que ouviu de aliados que Pimentel articulou a retirada dele da disputa pelo Palácio da Liberdade. “Por volta desse finalzinho de julho, uma liderança de um partido esteve conversando com Fernando Pimentel, tinham várias pessoas nessa reunião, e ele teria dito que estava viajando para ir a São Paulo falar com Marcio França que ia pregar o último prego no caixão da minha candidatura”, disse.

Apesar disso, o ex-prefeito afirmou não guardar mágoa do governador. “Acho que ele desempenhou o papel dele de adversário. Eu venho há um ano e meio criticando a gestão dele. Agora, acho que meu partido é que agiu feio”, concluiu.

A entrevista completa com Lacerda estará na edição deste sábado do Hoje em Dia.

Disputa

O ex-prefeito estava em terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto. Mas teve que abandonar a disputa depois que o PSB, partido ao qual era filiado, decidiu fechar um acordo nacional com o PT. Pela negociação, que não contou com a participação de Lacerda, o ex-prefeito retiraria a candidatura em favor de Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição. 

E a cúpula petista faria Marília Arraes desistir da disputa em Pernambuco, viabilizando a candidatura de Paulo Câmara (PSB). O acordo teria sido fechado por Pimentel e pelo presidente do PSB nacional, Carlos Siqueira.

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