Lafayette Andrada: 'rede municipal de ensino passará a ser de escolas cívico-militares'

Rodrigo Gini
13/10/2020 às 16:19.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:47
 (Divulgação)

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Ideais semelhantes ao presidente Jair Bolsonaro, e expectativa de sintonia com os governos federal e estadual para conseguir a ajuda de que a cidade precisa para as ações em seu desenvolvimento. É desta forma que o deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos) se coloca na disputa à Prefeitura de Belo Horizonte. Depois de tentar, sem sucesso, concorrer ao Executivo municipal em Juiz de Fora (em que foi vereador), ele se diz pronto para um desafio complexo. "Comandar Belo Horizonte exige experiência e conhecimento, e eu me sinto preparado. Nasci e cresci aqui, destaca.

Diante da preocupação do deputado estadual Bruno Engler (PRTB) em vincular sua imagem à de Bolsonaro, Andrada se mostrou tranquilo, lembrando a afinidade de propostas, e o fato de que os três filhos do presidente - o vereador Carlos; o deputado federal Eduardo e o senador Flávio -; estão filiados ao Republicanos, que é parte da base de apoio no Congresso. "Não acho que haja um candidato do presidente, até mesmo porque ele tem preferido não interferir na disputa municipal. Eu sou um candidato da Direita que defende as teses que o presidente Bolsonaro também defende", explica.

O candidato propõe uma revolução no ensino municipal, adotando o formato de escolas cívico-militares para todas as unidades sob responsabilidade da PBH. O que, em sua opinião, traria maior qualidade no trabalho de formação de crianças e jovens. "As escolas nesse formato são sempre muito bem avaliadas, sempre as primeiras colocadas. A disciplina é rígida, o ensino é sempre de qualidade. Isso está faltando hoje. Nossa prefeitura se transformou hoje num quartel de sindicatos da esquerda, que não deixou ter ensino remoto e não quer permitir a reabertura agora. Vamos capacitar e valorizar os profissionais da educação, mas os alunos e as famílias merecem um ensino de qualidade, algo que não têm hoje".

Outra preocupação é em tornar a capital uma 'cidade inteligente', com o uso da tecnologia para facilitar o atendimento ao cidadão e a solução de problemas.  "A cidade inteligente não depende necessariamente de recursos, mas de talentos, inteligências. A ideia é criar um aplicativo de saúde, o celular vai apitar lembrando que você precisa fazer o exame tal, por exemplo, ou que tem uma consulta marcada. E queremos fazer algo semelhante ao Taxi.Rio - lá, os taxistas alertam a prefeitura para sinais de trânsito com problemas, ruas com buracos. Vamos perseguir esses instrumentos e vamos fazer Belo Horizonte ser uma cidade inteligente".

No que diz respeito à mobilidade urbana, a ideia é fazer intervenções significativas - um novo acesso entre o Belvedere e o Sion, por exemplo. E deixar de lado os planos de ampliação do Metrô além da linha 2 para optar pelo conceito do monotrilho. "Ele sim é o metrô da atualidade. Não necessita  escavação, nem desapropriação, e custa cinco vezes mais barato do que a implantação do metrô. Pretendo continuar a ligação do Calafate ao Barreiro, mas fazer um monotrilho ligando o Barreiro ao centro da cidade, passando pelo Betânia, Buritis. É muito mais fácil, muito mais barato. Quem sabe nós já não iniciemos as obras, inauguremos uma ou duas estações, é preciso ser ousado".

Sobre a vantagem do atual prefeito Alexandre Kalil (PSD) nas pesquisas de opinião, o candidato acredita que é possível superá-lo num eventual segundo turno. "Basta lembrar o que ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff, que liderava a disputa para senador na eleição passada e não foi eleita. Ainda tem muito chão pela frente", reforçou.

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