Lamborghini Sterrato: O touro aventureiro

Marcelo Ramos
07/06/2019 às 18:24.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:01
 (Lamborghini)

(Lamborghini)

Quem já viu um Lamborghini de perto sabe que estes supercarros italianos foram feitos para rodar sobre asfalto impecável. Nem de quebra-molas eles gostam, muito menos de buracos e rampas de garagem. Mas a marca do touro de briga acredita que há potencial para os exóticos esportivos bem além do calçamento de terra batida. E ela quer provar isso com o Huracán Sterrato Concept, um estudo que pode resultar num Lambo aventureiro. 

Suspensão elevada em quase 5 cm, assoalho reforçado, pneus de uso misto e perfis mais largos, tomadas de ar com defletores de detritos e até mesmo faróis auxiliares em LED, para-lamas alargados e visual anabolizado fazem do Sterrato um bólido capaz de andar em terrenos acidentados. Pelo menos é o que promete o fabricante italiano. 

“O Huracán Sterrato ilustra o compromisso da Lamborghini em ser um futuro modelador: um carro superesportivo com capacidades off-road, o Sterrato demonstra a versatilidade do Huracán e abre a porta para mais uma referência de emoção e desempenho”, explica o diretor técnico da Lamborghini, Maurizio Reggiani.

O carro
Baboseiras de marketing à parte, é preciso reconhecer que os italianos não somente enfeitaram o Sterrato, como boa parte dos fabricantes nacionais fazem com seus aventureiros, mas mexeram bem no carro. Além da suspensão elevada, dos novos pneus e reforços na carroceria, o Lamborghini também recebeu um sistema de gerenciamento para auxiliar na condução fora de estada. 

O Lamborghini Dinamica Veicolo Integrata (LDVI) é capaz de controlar a tração nas quatro rodas, assim como o esterçamento (inclusive as traseiras) além da vetorização de torque. 

Pode até parecer chato ter um computador corrigindo suas barbeiragens, mas o LDVI se faz necessário. O Huracán Sterrato manteve o mesmo V10 5.2 de 640 cv que equipa o modelo convencional. É um motor que despeja muito torque nas rodas e pode fazer dele uma enceradeira na terra, como o Zinho na Copa de 94.

E se o amigo acha que o conceito é um devaneio, saiba que no passado superesportivos já tiveram dias de glória na terra. No início dos anos 1980 a Ferrari desenvolveu uma versão de rali para o 308 GTB, para correr no Grupo 4. Em 1986, a Porsche levou o exótico 959 para correr o Paris-Dakar. E ele venceu!

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