Lançado há 30 anos, 'Toki: Going Ape Spit' transformava jogador num macaco

Marcelo Jabulas
@mjabulas
25/03/2021 às 10:06.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:30
 (Sega/Divulgação)

(Sega/Divulgação)

Desde que os videogames domésticos se popularizaram, lá nos anos 1970, volta e meia surgem gêneros que dominam a indústria. Games de tiro, corridas, estratégia, ação 3D, mundo aberto e por aí vai. Mas nenhum é tão volumoso como os games de plataforma 2D. Naquele estilo “Super Mario Bros”, sacou?Sega/Divulgação

“Toki” (que também era distribuído como Juju) abusava da fórmula dos jogos de plataforma 2D, que dominavam os consoles no início dos anos 1990

O estilo ganhou força nos anos 1980 tanto nos consoles caseiros como nas máquinas de fliperama. E daí surgiram milhares de games. Alguns excelentes, outros nem tanto. De “Mario” a “Contra”, de “Wonder Boy” a “Rolling Thunder”, era um avalanche de games em que a tela rolava para o lado.

E nesse balaio surgiu “Toki: Going Ape Spit”, game lançado originalmente em 1989 para fliperamas, mas que chegou ao Brasil, em 1991, no Mega Drive. Produzido pela TAD Corporation, o game também teve edições para NES, Amiga e em alguns mercados era vendido como “Juju”. Detalhe, na barra de informações, o protagonista é identificado como Juju.

Enredo de Toki

O game coloca o jogador na pele de um bonitão que vivia na floresta com sua gata. Ele é tipo o Tarzan, com tanga e tudo. No entanto, um feiticeiro sequestra a amada. Um roteiro bem clichê, que é quase um carbono de “Ghost in Goblins”. 

Não satisfeito em levar a moça embora, o vilão ainda transforma o herói num chimpanzé. E o cara fica literalmente com a macaca.

O jogo

Se a história lembra um pouco o clássico da Capcom, a jogabilidade também não difere muito. “Toki” é um game difícil no primeiro momento. Um clássico game de plataforma da virada dos anos 1980 para 1990. Qualquer toque é uma vida a menos.

As fases não são extensas, mas podem demorar uma breve eternidade até se pegar o jeito, assim como aprender os padrões de movimentos das criaturas que brotam na tela.

No game, o jogador tem como arma umas bolinhas, que o símio cospe nos inimigos. É meio tosco, mas segue a lógica de boa parte dos games do gênero: disparar contra os inimigos da tela. 

Juju sabe atirar e pular, nada mais. No entanto, ele pode recolher itens como tipos diferentes de disparos e até tênis que permitem saltos mais altos. Mas todos têm duração limitada.

Visual

“Toki” é um game com 30 anos de publicação. Não se pode esperar um visual moderno. Mas a edição para Mega Drive é bem acabada. O que chama atenção é o próprio personagem. Em sua forma de símio, Juju não tem aquela expressão feroz do King Kong. Pelo contrário.

O protagonista tem um jeitão meio preguiçoso, um olhar caído, pescoço curvado e uma barriguinha saliente. E a velocidade em que se desloca pelo cenário dá a entender que ele não está muito interessado na jornada.

Esse semblante melancólico talvez tenha sido elaborado para não afugentar a criançada. Mas sejamos sinceros, se alguém raptasse sua namorada e te transformasse num macaco, não haveria ninguém que não ficaria furioso.

Onde jogar

Encontrar “Toki” no varejo de usados não é difícil. No Mercado Livre há ofertas que variam de R$ 50 a R$ 1.900. As disparidades se devem à originalidade e ao estado de conservação. A unidade mais cara conta com caixa e encarte. Itens que são valorizados entre os colecionadores.

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