Pelo menos oito pessoas morreram nesta sexta-feira (22) em um ataque a tiros na região próxima ao shopping Olympia, em Munique, na Alemanha, afirmou o porta-voz da polícia da cidade, Peter Beck. A polícia investiga a ação como suspeita de terrorismo, mas ainda não encontrou nenhuma relação com grupos extremistas islâmicos. Nenhuma organização fez reivindicação do ataque.

Segundo policiais e testemunhas, o ataque a tiros começou em uma filial do Mc Donald's na rua Hanauer, que margeia o shopping Olympia. A ação continuou na rua Riess, paralela ao centro de compras, e prosseguiu dentro do Olympia.

O alemão Maxi Millian, 24 anos, gerente de projetos e residente de Munique mandou, com exclusividade para o Hoje em Dia, um relato sobre o clima da cidade após os ataques. Leia abaixo na íntegra:

"Eu estou em casa e não faço ideia de como estão as coisas nas ruas agora. Tudo que estou conseguindo fazer é acompanhar o noticiário pela televisão e internet.

A primeira notícia que recebi do tiroteio foi por uma postagem no Facebook de um amigo. Ele disse que havia um tiroteio no Olympia, que é um shopping que fica uns cinco quilômetros aqui de casa e é um dos maiores de Munique. Poucos minutos depois ouvi o comunicado oficial.

Desde então, o serviço de transporte público na região foi paralisado e a polícia aconselhou os táxistas a não acolher ninguém nas proximidades. Alguns minutos depois, eu recebi uma mensagem assustadora pelo celular que todo mundo na cidade deveria ficar em casa e que ninguém deveria ir para locais públicos. Logo em seguida, todo o transporte público (metrô e ônibus) foi paralisado pela polícia. Eles chegaram a fechar a estação central e os trens que faziam longas viagens tiveram que interromper o trajeto.

Eu tive que ficar em casa o dia todo com um amigo. Vários pubs da cidade postaram no Facebook que não irão abrir hoje a noite. Como ninguém ainda foi preso, o governo está alertando que todos devemos ficar em casa até a situação se resolver. Havia um festival acontecendo aqui em Munique, o "Tollwood", que não foi cancelado. A polícia recomendou que todos que estejam no local, permaneçam lá.

Como ninguém pode usar o transporte público, o governo disponibilizou alguns prédios públicos para as pessoas se abrigarem. A operadora dos trens ofereceu trens para quem está sem hotel para dormir.

Outro shopping da cidade fechou suas portas quando soube do atentado e está oferecendo comida gratuitamente às pessoas que estão presas lá dentro"

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(*)Colaborou Paulo Roberto Netto

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