Leonardo Quintão promete levar unidade ao PMDB na Câmara dos Deputados

Agência Estado
10/12/2015 às 06:35.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:16

Deputados da ala pró-impeachment do PMDB conseguiram destituir o líder da bancada e aliado do governo Dilma Rousseff, Leonardo Picciani (RJ). Com isso, os 67 peemedebistas passam a ser liderados pelo mineiro Leonardo Quintão. Após o anúncio, o novo líder falou pouco e deixou que outros parlamentares da ala pró-impeachment colaborassem com o discurso. Com o partido dividido entre o governo e a oposição, Quintão frisou a necessidade de unificar a legenda. “Nós vamos conduzir a bancada à unidade”.

Com a discussão do impeachment cada vez mais acalorada, o novo líder preferiu não tomar partido e voltou a falar em unidade. “Toda a decisão tem que mostrar a maioria do partido, não tenho posição para lado A ou lado B”.

Sobre uma possível aproximação com Dilma Rousseff, Quintão se mostrou disposto a conversar caso a presidente o convide, mas que a posição que ele apresentará é a da ala majoritária do PMDB – ou seja, contrária ao governo.

Essa ala da bancada do PMDB protocolou uma lista com 35 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário, e divulgou a mudança na liderança do partido pelo site oficial da Câmara. Picciani permanece, porém, como líder do bloco PMDB-PEN, mas na prática sua capacidade de articulação está fragilizada.

Movimento

Deputados da ala pro-impeachment do PMDB começaram a colher assinaturas para derrubar Picciani na segunda-feira (7). O movimento teve início após o deputado carioca se negar a indicar peemedebistas antigoverno para a Comissão Especial do impeachment e ganhou força com a carta do vice-presidente Michel Temer, na qual ele faz críticas ao ex-líder do partido. O desentendimento também culminou no lançamento de chapa paralela para o colegiado, que derrotou a governista por 272 a 199 votos.

Segundo Osmar Terra (PMDB-RS), Picciani foi “totalmente insensível” ao pedido da ala pró-impeachment para que dividisse as oito indicações da legenda para comissão especial. “Agora vai pagar o preço de não ter sido líder da bancada, mas do governo”, emendou o deputado, que liderou o movimento ao lado de Darcísio Perondi (RS), Lúcio Vieira Lima (BA) e Lelo Coimbra (ES).

(Com Agência Estado)

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