Levy e Tombini afirmam que contexto global é delicado

Estadão Conteúdo
05/09/2015 às 17:53.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:39

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, destacam que o contexto internacional continua delicado, com revisões para baixo da expansão da economia mundial. Para os dois representantes da equipe econômica, houve no G-20 um entendimento amplo de que é importante seguir eliminando incertezas, tomando as medidas necessárias e comunicando com clareza as estratégias para dar continuidade à transição para um novo nível de crescimento mundial em termos sustentáveis.

Eles manifestaram essa e outras avaliações sobre os principais temas discutidos durante os dois dias da reunião do G-20, na capital da Turquia. Nesse contexto, apontam os ministros brasileiros, as transições nos EUA e na China, com naturezas distintas, são as mais críticas para a economia do planeta.

Nos EUA, o processo de normalização da alta de juros reflete a consolidação da demanda agregada do país, o que emite um sinal positivo para o mundo. No caso da China, há um entendimento geral das autoridades de que a alteração do modelo de crescimento, de investimento e exportações para consumo das famílias, deve prosseguir, o que evitará uma brusca redução da velocidade do nível de atividade. Para eles, os dois países reconhecem a relevância de considerar o impacto global de suas políticas.

Em relação à questões regulatórias internacionais, houve uma discussão no G-20 sobre o mecanismo de absorção de perdas em instituições bancárias de importância sistêmica global, que é conhecido pela sigla TLAC, em inglês. O desenho final que esta sendo elaborado pelo Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, em inglês) avançou para um modelo mais flexível.

Agora, uma questão chave é a calibragem destas novas agências. No caso da arquitetura financeira global, os ministros brasileiros apontaram que houve uma mensagem clara dos EUA, segundo a qual há um reconhecimento do Congresso americano da relevância de aprovar a Reforma de Cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), acordada em 2010. Há a expectativa de que isso poderá ocorrer em semanas. A implementação destas reformas elevarão um pouco mais o equilíbrio e governança do Fundo, permitindo ao mesmo tempo uma composição de recursos mais favorável, que hoje depende muito de recursos emprestados.

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