Limite para abertura de conta simplificada passa para R$ 3 mil

Agência O Globo
19/11/2014 às 08:23.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:04
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

FLORIANÓPOLIS – O Banco Central anunciou nessa terça-feira (18) que vai ampliar o limite de movimentação das contas simplificadas de R$ 2 mil para R$ 3 mil. Essas contas não cobram tarifas e têm menos burocracia na abertura. A mudança foi divulgada nessa terça, durante o VI Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira.

“As exigências são menores para que as pessoas com menor renda abram as contas corrente e de poupança nos bancos. Assim, permitem atender ao público dos programas sociais do governo, sem a necessidade de o cidadão ir até uma agência”, explicou o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Julio Carneiro.

Os titulares dessas contas não podem ultrapassar o teto mensal de movimentação por mais de uma vez em um ano. Caso tenha um saldo maior que o limite por duas ou mais vezes, a conta é bloqueada. O correntista será chamado pela instituição financeira para o desbloqueio uma única vez. Caso essa situação se repita, a conta é encerrada.

O limite máximo do saldo para a conversão automática da conta em uma tradicional também foi aumentado, de R$ 5 mil para R$ 6 mil.
“Agora, se o correntista tiver R$ 6 mil de saldo na conta corrente ou na poupança, terá bloqueio automático, e será transferido para a conta tradicional com mais exigências (como cobrança de tarifas e necessidade de apresentação de mais documentos)”, acrescentou Carneiro.

Criadas em 2004, essas contas têm como objetivo principal ampliar o acesso da população de baixa renda aos serviços bancários. A movimentação nelas é feita com cartão magnético (não é possível usar, por exemplo, cheques) e não há cobrança de tarifa de abertura. A última atualização do valor havia sido feita em 2010.

Cooperativas

O Banco Central também formalizou a autorização para que as cooperativas de crédito passem a emitir Letras Financeiras (LF) para captar recursos e fortalecer o patrimônio de referência. Com a chancela do Conselho Monetário Nacional (CMN), a medida faz parte do processo de aprimoramento da regulamentação desse segmento de crédito no país.

O setor é formado por 1.145 instituições e, segundo o chefe do Departamento de Supervisão das Cooperativas de Crédito do BC, José Ângelo Mazzillo, cresce em ativos a taxas superiores a 23% ao ano, o dobro do alcançado pelos bancos privados.

BC diz que não será complacente com a inflação

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nessa terça que a instituição “não será complacente com a inflação” e, se for necessário, no momento certo, poderá “recalibrar sua ação de política monetária”, para garantir um cenário benigno para a inflação nos próximos anos. A afirmação foi feita durante a divulgação do Boletim Regional do BC.

Segundo o diretor, a inflação medida pelo IPCA tende a entrar em trajetória de queda para a meta de 4,5% somente em 2016. Nos 12 meses encerrados em outubro, está em 6,59%. Entre os fatores para a alta da inflação, o diretor citou os reajustes salariais acima da produtividade e os processos de correção de preços controlados pelo governo e de repasse do dólar para produtos nacionais. 

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